Alvo da quinta fase da Operação Faroeste desencadeada pela Polícia Federal nesta terça-feira (24) a desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia-TJBA, foi afastada da função por um ano e teve a prisão temporária decretada pelo ministro Og Fernandes do Superior Tribunal de Justiça.
Segundo a PF, o produtor rural Nelson Vigolo, representante da Bom Jesus Agropecuária, repassou R$250 mil ao advogado Vanderlei Chilante, que repassou o montante ao advogado Júlio Ferreira em Rondonópolis-MT. Após receber a quantia, ele viajou a Salvador-BA e entregou o dinheiro a Vasco Azevedo advogado e filho da desembargadora.
Júlio Ferreira repassou o dinheiro em um motel baiano ao filho da desembargadora, o qual, em seguida, o repassou, no interior de uma universidade para sua companheira que, livrando-se da mochila que recebeu, levou o dinheiro para residência de sua mãe.
A PF encontrou R$ 208.800,00 no interior do veículo Jaguar, R$ 15.100,00 com um funcionário da desembargadora no momento em que deixava a garagem do prédio e, R$ 35 mil encontrados em um dos quartos da unidade residência da magistrada.
Para os investigadores, o dinheiro era parte de um esquema para comprar o voto da desembargadora em julgamento realizado em janeiro, que beneficiaria o produtor rural.
Segundo o ministro, o afastamento da magistrada “não visa apenas a resguardar a imagem do Judiciário do Estado da Bahia, mas sim, primordialmente, a dar segurança ao jurisdicionado de que não serão julgados por pretora suspeita, acusada de venda de sentença e de integrar organização criminosa”.
as informações são do site O Antagonista