Reprodução: Correio
Com grande participação popular, as comemorações ao 2 de Julho talvez seja a festa de maior representatividade cívica da Bahia. Maior até que as comemorações pela Proclamação da Independência do Brasil. No ano de 1823, em 2 de julho, as tropas portuguesas foram definitivamente expulsas do território baiano. Enquanto na Proclamação da Independência, não houve derramamento de sangue, na Bahia o povo enfrentou as tropas fieis a Portugal, vencendo uma batalha que custou o sangue de mutos baianos. Talvez seja, o sangue caído sobre as terras da Bahia, que todos os anos faz brotar o fervor que toma conta de baianos e turistas na capital.
A conquista da liberdade é comemorada deste o ano de 1824 com o desfile em um trajeto entre o bairro da Lapinha passando pelo lendário Terreiro de Jesus, entre as ladeiras de ruas estreitas com seu calçamento secular, no Centro Histórico da capital da Bahia.
São dois carros que levam o símbolo: O caboclo e da cabocla, cortejados por milhares de pessoas, que celebram a expulsão dos últimos portugueses do Brasil.
Ao Correio da Bahia, o historiador do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Jaime Nascimento, disse que o conflito foi um dos mais sangrentos da Independência e deixou centenas de mortos dos dois lados do campo de batalha. “De um lado você tinha as tropas voluntárias lideradas pelo general Labatut, que foi enviado por D. Pedro I para comandar a luta pela Independência. Do outro, o general Madeira de Melo, que comandava os portugueses. E os dois tinham bons motivos para lutar”, afirmou.
O historiador explicou que a estratégia adotada pelos baianos foi bloquear as estradas e isolar Salvador para deixar os portugueses passando fome. Por isso, tanto Pirajá como a Ilha de Itaparica foram tomadas. Então, se para os brasileiros era tudo ou nada pela Independência, para os inimigos vencer a batalha e liberar a estrada era questão de sobrevivência.
Com as sacadas das casas enfeitadas e ruas cheias, a festa reúne todos os elementos da luta pela libertação da Bahia e do Brasil da dominação portuguesa. Entre os personagens históricos homenageados, Maria Quitéria é lembrada por pessoas como a dona de casa Romilda Anunciação:
“Eu saio vestida de Maria Quitéria há 39 anos. Venho desde pequena, quando minha tia me trazia. Minha história de luta tem tudo a ver com Maria Quitéria. Ela é uma guerreira e eu também sou. Ano que vem, estarei aqui novamente”, disse ao site Bahia.ba.
Todos os anos, o desfile que começa com alvorada às 06h00 da manhã no Largo da Lapinha, praça onde está localizada o pavilhão que guarda os símbolos, representado por um caboclo e uma cabocla, incorporada ao desfile anos mais tarde.
Atualizado às 20h03 de 13 de julho de 2025.
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