A região Oeste da Bahia, que responde por cerca de 98% de área plantada de algodão, deve cultivar em torno de 305,2 mil hectares em 2022/2023. A semeadura do algodão em regime de sequeiro terminou esta semana.
Entre lavouras sem e com irrigação, o algodão deve ocupar uma área de 299,2 mil hectares, no cerrado baiano. O restante da produção fica por conta da região Sudoeste, que responde por, aproximadamente, 2% da área plantada, ou seis mil hectares.
A Bahia tem até o dia 10 de fevereiro para finalizar a semeadura. A data é definida pela Portaria 201 de setembro de 2019, da Adab – Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, como medida de controle do bicudo-do-algodoeiro, a praga mais representativa da cotonicultura brasileira.
De acordo com o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, até o momento, a safra vem ocorrendo bem e a qualidade da pluma deve se manter alta, como em 2021/2022.
Se o clima continuar favorável e a produtividade –estimada em 1.912 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare – se confirmar, a commodity poderá remunerar melhor o cotonicultor, considerando-se os patamares atuais de preços, cotados a 85.33 centavos por libra-peso para dezembro de 2023.
“Precisamos nos manter otimistas, pois os custos de produção desta safra foram mais altos. O produtor fez uso de toda a tecnologia ao seu alcance para mitigar risco climático e incrementar a qualidade da fibra. As decisões de plantio, que já são tomadas com muito critério, foram ainda mais apuradas neste ciclo, onde cada ganho que se alcança em produtividade e valorização do produto vai fazer a diferença”,
diz Bergamaschi.
Na avaliação dos técnicos do Programa Fitossanitário da Abapa, as pragas estão em níveis adequados e sob controle.