ONU emite alerta global sobre elevação “sem precedentes” do nível dos oceanos

A Organização das Nações Unidas (ONU) soou um alarme global na última segunda-feira (26) sobre a elevação “sem precedentes” do nível dos oceanos, impulsionada pelo aquecimento global causado pela atividade humana. O alerta foi emitido durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, a Tonga, na Oceania, onde ele destacou a gravidade da situação:

“Estou em Tonga para emitir um SOS mundial sobre a rápida elevação dos níveis do mar. Uma catástrofe em escala mundial está colocando em risco este paraíso do Pacífico”, afirmou Guterres em um post na rede social X.

“A humanidade está tratando o mar como um esgoto. A poluição plástica está sufocando a vida marinha. Os gases de efeito estufa estão causando aquecimento dos oceanos, acidificação e aumento acelerado do nível do mar”, escreveu o chefe da ONU, em tradução livre.

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O relatório, divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), aponta que, nos últimos 30 anos, regiões do Pacífico registraram uma elevação de até 15 cm no nível do mar, superando a média global de 9,4 cm. De acordo com o relatório, o aumento é atribuído principalmente ao derretimento de geleiras e ao aquecimento global.

Especialistas a jornais de circulação nacional dizem, que os impactos da elevação são alarmantes. Em Tuvalu, um pequeno país insular na Oceania, estima-se que o território poderá desaparecer completamente nos próximos 30 anos, mesmo sob um cenário de aquecimento global moderado.

No Brasil, regiões como o Rio de Janeiro e o distrito de Atafona, em São João da Barra, também já enfrentam consequências graves. Entre 1990 e 2020, o nível do mar subiu 13 cm nas duas áreas, com projeções de alta adicional de 16 cm até 2050.

A situação é ainda mais crítica em Nova Orleans, nos Estados Unidos, onde o nível do mar aumentou 26 cm entre 1990 e 2020. Até 20250, espera-se uma elevação de mais 41 cm. Os números evidenciam a urgência de ações imediatas para mitigar os efeitos do aquecimento global e proteger as populações costeiras vulneráveis.

O relatório da ONU enfatiza a necessidade de cortes rápidos e profundos nas emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a 1,5 °C. O relatório também destaca a importância de investimentos em adaptação costeira e resiliência, especialmente em pequenos Estados insulares do Pacífico. Segundo o documento, “as ações climáticas e decisões tomadas por líderes políticos nos próximos meses e anos determinarão quão devastadores esses impactos se tornarão e quão rapidamente eles piorarão”.

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