Órgão recomenda volta do horário de verão, mas decisão é de Lula

Agência Brasil – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou nesta quinta-feira (19) a volta da adoção do horário de verão no país. No entanto, o governo federal ainda irá avaliar o cenário, antes de optar pela medida.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma decisão deve ser tomada nos próximos dez dias. Se for adotada, a medida valeria ainda para 2024, não necessariamente em todo o verão.

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Alexandre Silveira disse que, apesar da indicação da ONS, não há risco energético em 2024 graças ao planejamento adotado. Por isso, a adoção do horário de verão ainda será melhor avaliada. 

No entanto, o ministro destacou que é preciso pensar a longo prazo, com o olhar em 2025 e 2026.

Silveira apontou o horário de verão como uma medida que contribui para a sustentabilidade energética e citou o Canadá como exemplo de outro país que adota o mecanismo. 

Foi recomendado pelo ONS e aprovado pelo CMSE um indicativo de que é prudente, que é viável e que seria um instrumento apontado como importante a volta [do horário de verão]”, anunciou o ministro Alexandre Silveira, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19).

Contudo, Silveira disse que ainda não está convencido da necessidade do horário de verão, apesar da recomendação do comitê.

O ministro disse que há “tranquilidade de que não faltará energia” e que pretende analisar outras medidas antes, como adiantamento de linhas de transmissão e mudanças na operação da usina de Belo Monte.

A decisão final caberá ao presidente Lula (PT) e será uma determinação não apenas técnica, mas também política, já que mexe com a rotina da sociedade.

Instituído em 1931 no Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019. Na época, alegou o governo pouca efetividade na economia energética.

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