O papa Francisco anunciou que vai publicar uma exortação apostólica sobre o Sagrado Coração de Jesus no próximo mês de setembro porque “o mundo parece ter perdido o coração“. A Igreja celebra o Sagrado Coração de Jesus neste 7 de junho, a sexta-feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi.
O Padroeiro de Formosa do Rio Preto, na Bahia, terá suas comemorações em 19 de julho, com missa e programação especial.
Na Bíblia exortar significa motivar alguém a seguir Jesus da maneira correta. Assim, dependendo da situação, exortar implica ensinar, aconselhar, consolar ou até repreender. Exortar significa motivar ou insistir com alguém para fazer algo.
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“Creio que nos fará muito bem meditar sobre vários aspectos do amor do Senhor que podem iluminar o caminho da renovação eclesial, mas também que dizem algo significativo a um mundo que parece ter perdido o coração”,
explicou o Papa Francisco no final da audiência geral na Praça São Pedro, no Vaticano.
O Pontífice destacou que tem “o prazer de preparar um documento que recorda as preciosas reflexões de textos magisteriais anteriores e de uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para propor a toda a Igreja hoje este culto cheio de beleza espiritual”.
Esta será a oitava exortação apostólica, uma carta do líder da Igreja Católica dirigida aos fiéis, durante o pontificado de Jorge Bergoglio.
“Peço que me acompanhe com a oração neste tempo de preparação, com a intenção de tornar público este documento no próximo mês de setembro”, concluiu.
Devoção ao Sagrado Coração de Jesus
Os primeiros vestígios de devoção ao Sagrado Coração de Jesus surgiram na Idade Média. Segundo a agência Vatican News, no pensamento de místicos alemães como Matilde de Magdeburg, Matilde de Hackeborn, Gertrude de Helfta e o beato dominicano Henrique Suso. No entanto, essa devoção só alcançou grande destaque no século XV, principalmente através do trabalho de Santa Margarida Alacoque e São João Eudes. Este último foi o primeiro a obter permissão do bispo de Rennes, em 1672, para celebrar uma festa em honra ao Coração de Jesus.
Em 1765, o Papa Clemente XIII concedeu à Polônia e à Arquiconfraria Romana do Sagrado Coração a possibilidade de celebrar a festa do Sagrado Coração de Jesus. Durante esse período, um intenso debate surgiu. A Congregação dos Ritos declarou que o objeto desse culto é o coração de carne de Jesus, símbolo de seu amor. No entanto, os jansenistas interpretaram isso como um ato de idolatria.
Somente em 1856, com o Papa Pio IX, a solenidade foi estendida à Igreja universal e incluída no calendário litúrgico. Assim, a decisão ajudou a consolidar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus como uma das mais importantes na tradição católica.