Pela décima vez consecutiva no ano, consórcios batem recorde de participantes

O sistema de consórcios bateu pela décima vez consecutiva, em outubro deste ano, novo recorde de consorciados ativos com 9,18 milhões, ao superar em 13,5% os 8,09 milhões anotados naquele mês de 2021.

Em cada setor onde está presente, as participações dos consorciados estiveram divididas em: 79,5% no setor de veículos automotores, subdivididas em 45,0% para veículos leves, 27,9% para motocicletas, e, 6,6% para os pesados; além de 15,6% no de imóveis, 2,7% no de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,2% no de serviços.

Os negócios, realizados de janeiro a outubro deste ano, acumularam 3,27 milhões de adesões, 14,0% maior que as 2,87 milhões anteriores. Na somatória tivemos: 1,25 milhão de veículos leves; 1,02 milhão de motocicletas; 540,46 mil de imóveis; 249,20 mil de veículos pesados, 160,28 mil de eletroeletrônicos; e 53,31 mil de serviços.

Ao conquistar a melhor marca nos últimos dez anos com 3,27 milhões, além de ter crescido 64,3% de 2013 a 2022, assinalou aumento de 79,7%, quando comparado à da menor da década, 1,82 milhão, em 2016.

No período, ao alcançar R$ 212,70 bilhões em negócios contra R$ 181,85 bilhões anteriores, o total registrou aumento de 17,0%.

No mês de outubro, o tíquete médio mensal anotou estabilidade em relação ao mesmo mês do ano passado. As duas médias empataram em R$ 64,76.

Os créditos disponibilizados nas contemplações, potencialmente inseridos nos diversos mercados, onde os consórcios estão presentes, aumentaram de R$ 53,26 bilhões (jan.-out./2021) para os atuais R$ 57,91 bilhões (jan.-out./2022), com alta de 8,7%.

Estes volumes foram gerados dos acumulados dos consorciados contemplados, no mesmo período, cujo avanço atingiu 9,6%, ao saltarem de 1,15 milhão (jan.-out./2021) 1,26 milhão (jan.-out./2022).

O total de consorciados contemplados nos dez meses, – 1,26 milhão -, compreendeu 555,36 mil cotas de motocicletas; 494,84 mil de veículos leves; 80,49 mil de imóveis; 52,69 mil de veículos pesados; 41,99 mil de eletroeletrônicos e 39,07 mil de serviços.

“Faltando apenas dois meses para o encerramento do ano”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, “confiamos que o Sistema de Consórcios mantenha o ritmo observado nos últimos dez meses e que, independente do cenário econômico, amplie os volumes alcançados e ratifique o comportamento comprovado pelo brasileiro, apoiado na educação financeira”, completa.

A potencial participação dos consórcios nos setores

A potencial participação dos consórcios nos setores da economia, geradas pelas contemplações, evidenciou forte presença nas vendas dos mercados internos de vários segmentos, nos dez meses.

Em veículos leves, por exemplo, houve a potencial comercialização de um a cada três automóveis via consórcio. No setor das duas rodas, também deu-se influência nas negociações internas no setor de motocicletas, ao ajustar potencialmente uma a cada duas motos advindas de créditos concedidos.

No segmento de veículos pesados, com destaque para os mercados do transporte e do agronegócio, o consórcio seguiu marcando presença, de forma econômica e planejada, na renovação ou na ampliação de frotas. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade.

O sistema de consórcios ratificou sua presença na cadeia produtiva ao contribuir, direta e indiretamente, para o planejamento da produção industrial, comercialização e prestação de serviços.

Não obstante suportar as variações da conjuntura econômica brasileira, como as oscilações dos índices inflacionários, enfrentar ajustes e reajustes em vários segmentos, como nos alimentos, combustíveis, além dos preparativos para a copa do mundo e dos efeitos globais paralelos causados pela guerra no leste europeu, “podemos entender que o momento é de expectativa para o próximo ano com a posse de novos governantes no país e nos estados, bem como dos representantes no congresso nacional e nos legislativos estaduais”, alerta Rossi.

Passados dez meses, os indicadores setoriais, mais uma vez, validaram a participação dos consórcios na economia nacional. Na estimativa dos créditos concedidos por ocasião das contemplações e possivelmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, verificou-se que o mecanismo marcou 36,4% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 50,4% de eventual participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 34,3%.

No acumulado de nove meses do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 11,1% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.

Chegada do final do ano

Vários meses com índices de deflações e outro recente com ascensão, a inflação, acumulada nos últimos doze meses, até outubro, atingiu o patamar de 6,47%, sendo 4,70% só neste ano, aliada à expectativa de crescimento do PIB para 2,8%.

Assim, ainda sentindo os efeitos da injeção gradual dos bilhões de reais em benefícios sociais na economia e, a partir de novembro dos R$ 250 bilhões do 13º salário, bem como a redução do índice de desemprego até agosto ao nível de 8,9%, próximo ao atingido na pré-pandemia, provocaram, por decorrência, aumento do consumo, menor inadimplência e continuidade de crescimento em diversos segmentos.

Com este cenário para o final do ano, considerando vários aspectos positivos, “esperamos na mesma sequência das vendas mensais de novas cotas do sistema de consórcios, sempre crendo nas sensatas decisões dos consumidores para os futuros compromissos financeiros”, projeta Rossi.

O sistema de consórcios conservou o compasso determinado mês após mês, de janeiro a outubro. As adesões somaram 3,27 milhões de novas cotas. O tíquete médio de outubro cravou estabilidade, fator que contribuiu na manutenção da tendência de alta dos negócios realizados anteriormente.

Enquanto os créditos comercializados totalizaram R$ 212,70 bilhões, as contemplações injetaram potenciais R$ 57,91 bilhões nas vendas dos mercados internos de consumo.