Em meio a tantas incertezas e adversidades, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil decidiu que a fome seria novamente o tema da Campanha da Fraternidade em 2023. Uma escolha que reflete a urgência do problema e que busca sensibilizar a sociedade para a necessidade de ações efetivas contra a falta de alimentos.
Pela terceira vez desde 1964, quando foi lançada a Campanha da Fraternidade, que a igreja volta ao tema da fome no Brasil. (leia mais aqui). Infelizmente, a fome ainda é uma realidade para milhões de brasileiros. São pessoas que, todos os dias, lutam para colocar comida na mesa, no entanto, se veem impedidas pela falta de oportunidade.
Mas a escolha da fome como tema da Campanha da Fraternidade é também um gesto de solidariedade e empatia com aqueles que mais sofrem. É uma oportunidade de unir forças em prol de uma causa nobre, que transcende as diferenças e une as pessoas em torno de um objetivo comum.
Na Quaresma, tempo de reflexão, as paróquias e dioceses de todo o país, promoverão uma série de atividades sobre a importância do combate à fome. O lema da campanha, “Dai-lhes vós mesmos de comer!” extraído do evangelho de Matheus.
No lançamento da campanha, o papa Francisco enviou um vídeo, expressando o desejo de que a reflexão sobre o tema da fome entre os católicos no tempo da Quaresma seja “uma atitude constante de todos que nos comprometem com Cristo, presente em todo aquele que passa fome”.
Reflexão
A Campanha da Fraternidade é uma oportunidade de reflexão e mobilização para as comunidades religiosas e para toda a sociedade. É um momento de diálogo e união em torno de uma causa que diz respeito a todos nós: a erradicação da fome e da pobreza. Que essa campanha possa inspirar a todos a agir com generosidade e solidariedade, ajudando a construir um mundo mais justo e fraterno.
No dia 2 de abril, na celebração do Domingo de Ramos, a igreja realiza a Coleta Nacional da Solidariedade. Do total arrecadado, as dioceses enviam 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade, gerido pela CNBB, responsável pelo atendimento a projetos sociais em todo território brasileiro.
A outra parte, 60%, permanece nas dioceses para atender projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade, conforme a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)