Perigo à vista: Aparelhos de raio-x desativados são mantidos em corredor de hospital de Formosa do Rio Preto

A Secretaria Municipal da Saúde de Formosa do Rio Preto, na Bahia, mantém aparelhos de raio-x desativados em um dos corredores do Hospital Municipal Drº Altino Lemos Santiago, unidade de saúde, de administração municipal.

Os aparelhos quando desligados não emitem radiação, mas um dos equipamentos com uma ampola acoplada, pode ser manuseado por pessoas que não entende os riscos, logo mantê-lo em área de circulação representa perigo. O problema, praticamente invisível, coloca em risco a saúde de trabalhadores e usuários da unidade.

Acesse: Portal do Cerrado

As informações que chegam ao Portal do Cerrado, dão conta de que são dois os aparelhos que estão alocados, próximo cantina, com trânsito contínuo de prestadores de serviços. Conforme as informações apuradas, pelo menos uma ampola do aparelho do raio-x que é de modelo fixo, foi retirada e não há informações para onde foi levada.

Já raio-x móvel, continua com a ampola acoplada e também não há informações da avaliação dos níveis de radiação da área, apesar de que equipamento de raios-x pode ser tratado como resíduo sólido comum e encaminhado para sucateamento (reciclagem dos componentes).

Com exceção dos componentes do equipamento que estiverem em contato com o óleo isolante, sendo que estes devem ser tratados como resíduos químicos perigosos de Classe I e serem encaminhados para aterro de resíduos perigosos – Classe I, para o site é impossível esta avaliação.

No entanto, as preocupações se dão por considerar que o aparelho desativado e guardado no corredor, ser de modelo antigo/analógico, doado já usado, no início da década de 1990 e continuava em funcionamento até a troca por outro equipamento mais moderno/digital.

Este novo aparelho é fruto de emenda parlamentar conseguida pela vereadora Manuela da Saúde, junto ao deputado federal Arthur Maia, ainda em 2020, mas somente instalado recentemente, pela atual administração de Formosa do Rio Preto, passado quase dois anos da posse.

A desativação deve ser previamente comunicada à autoridade competente, informando o destino e a guarda dos arquivos, equipamentos e assentamentos, inclusive dos históricos ocupacionais, conforme especificado na resolução RD nº 330 de 20 de dezembro de 2019.

Nota da Sesab

O Portal do Cerrado procurou a Vigilância Sanitária do Estado da Bahia, que disse que a responsabilidade é municipal. “A unidade hospitalar é municipal, portanto não sabe à SESAB um retorno sobre o assunto em pauta.

O site não procurou o Secretário Municipal da Saúde, João Rocha, por entender que sempre ele ignora as demandas de interesse público.