A Polícia Federal disse, após as buscas e apreensões, realizadas ontem (29) a endereços associados ao PSL mineiro e ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que já há indícios concretos de que candidatas laranjas do PSL mentiram na prestação de contas da campanha.
Segundo o delegado Marinho Rezende, responsável pela investigação, “Os indícios são fortes que ou a gráfica não produziu nada ou produziu para outros candidatos”.
Foram ouvidas cerca de 40 pessoas até agora, e o material apreendido hoje, que inclui documentos e mídias digitais, passa para a perícia. Tudo indica que foram vendidos serviços de impressão e pesquisa à essas candidatas que nunca teriam sido prestados.
As investigações começaram em fevereiro, quando a Folha de S.Paulo revelou que o hoje ministro do Turismo comandou um esquema de candidatas laranjas em MG durante as eleições, quando comandava o partido no estado. O caso já levou à queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
A PF aponta que o partido quebrou a regra que obriga o repasse de 30% do fundo partidário para candidaturas de mulheres, transferindo isso para terceiros ou candidatos homens. O custo médio de um candidato eleito é de cerca de R$ 10 por voto, mas essas candidatas, de acordo com o cálculo da PF, gastaram até R$300 por voto.