do Bahia Notícias
Até o mês de maio, a Bahia registrou uma safra de soja de 5,8 milhões de toneladas, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, o escoamento dos grãos está provocando fila no Porto de Cotegipe em Salvador.
Com cada navio graneleiro precisando aguardar cerca de três semanas para ser totalmente carregado, os transportes estão formam fila na Base Naval de Aratu. Segundo o portal G1 Bahia, há previsão de atracação de navios para o transporte de soja até dezembro.
Jorge Pessoa, diretor do Porto de Cotegipe, declarou que as chuvas na capital baiana vem atrapalhando o ritmo de saída do grão nos últimos três meses. “O portão do navio é aberto. Todo nosso sistema é fechado, mas como o portão é aberto, se chove ou ameaça chover, para o carregamento, e isso diminui o fluxo. Por conta da chuva, o carregamento é interrompido”, explicou em publicação feita pelo G1.
Responsável por 95% do escoamento da soja baiana, o carregamento do produto no Porto, que geralmente dura até o mês de outubro, deve ser estendido até o início do ano que vem.
“Os navios vão chegando e se enfileirando, vão se espalhando. Eles vão atrasando o carregamento e aguardando na Baía de Todos os Santos. Normalmente, carregamos um navio com 70 mil toneladas em dois dias e meio”, completou Jorge Pessoa.
Os países asiáticos são o principal destino do grão e sua cotação teve um aumento de 20% em relação a 2019, custando cerca de R$ 84 no momento.
De acordo com o assessor de agronegócio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Luke Stalke, a área de cultivo da soja deve aumentar em 2021. “O reflexo da área plantada de soja para nós virá por conta da redução da área de algodão, que perdeu um pouco de preço. O consumo de roupas diminuiu. Então, o preço, como caiu, ampliaremos a área de soja”, declarou.