Idosos acima de 60 anos das comunidade de Intans e Canabrava na zona rural de Formosa do Rio Preto na Bahia, começarão a ser imunizados contra a Covid-19 nesta quarta-feira (5). Esta é a primeira vez que a prefeitura de Formosa do Rio Preto desloca uma equipe da saúde para vacinar moradores da zona rural do município.
A vacinação acontecerá no PSF das respectivas comunidades e é necessário que o idoso apresente Cartão de Vacinação, CPF ou Cartão SUS.
O ato da vacina em duas comunidades próximas, soa como alento aos moradores distantes da sede do município, como Aldeia do Gerais, São Pedro e Panambi que ainda não tiveram acesso aos imunizantes, mas que agora podem começar a sonhar em se proteger contra a doença que já matou 21 pessoas no município e atingiu outras 815 até esta terça-feira (4).
Em 13 de abril, o Portal do Cerrado perguntou ao governador Rui Costa, durante o Papo Correria transmitido nas redes sociais, sobre a vacinação aos moradores de comunidades distantes da sede do município, que ficou de enviar a demanda à Secretaria da Saúde da Bahia – Sesab, até então sem posicionamento do órgão. É sabido que naquela data causou um alvoroço na gestão municipal, inclusive com convocação de reunião no dia seguinte, entre prefeito e técnicos da Secretaria Municipal da Saúde.
No entanto desde aquela data a Prefeitura de Formosa do Rio Preto não se mobilizou para vacinar as pessoas mais carentes do município e que tem dificuldade de chegar até o centro da cidade, uma vez que moram em comunidades distantes, quase 200 km da sede e normalmente não dispõe de muitos recursos financeiros.
Em março, o Correio da Bahia publicou em seu portal, sobre o deslocamento de equipes de saúde de Correntina e outros municípios para chegar as comunidades distantes, evidenciando a importância que gestores desses municípios dão ao processo de imunização e o esforço e compromisso de equipes da saúde. (veja aqui)
“Em Correntina, quinto maior município em extensão territorial (11.504,31 km²) da Bahia, a equipe da saúde percorre até 200 quilômetros para chegar em algumas localidades da zona rural. O obstáculo não é só a distância: as equipes precisam atravessar rio por pinguela – pequenas pontes de madeira – com a vacina em um braço, e quanto, chove, o guarda-chuva no outro. Tudo isso sob as elevadas temperaturas do Oeste baiano.
Correio da Bahia em 12 de março.