A cidade de Jacobina, no Centro-Norte da Bahia, chora seus mortos após uma tragédia na noite de domingo (8), quando um micro-ônibus com passageiros, bateu de frente com um caminhão, por volta das 23h30. O acidente ocorreu na BR-324, entre Gavião e Nova Fátima.
As vítimas haviam viajado na noite de sábado (7) para Guarajuba, destino turístico na região Metropolitana de Salvador e voltavam para casa na noite de domingo. A maioria das vítimas são da cidade de Jacobina.
Vinte e quatro pessoas morreram ainda no local. Um dia depois da tragédia, as autoridades chegaram a informar morte da 25ª pessoa, mas a informação foi retificada em seguida. Entre os mortos está homens, mulher e crianças. A quantidade de feridos ainda é incerta, em tese pela dificuldade de apuração de dados em tragédias como a do domingo. Mas varia entre cinco e seis e todos encaminhados para hospitais de Salvador e Feira de Santana.
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Nesta segunda-feira (8), a prefeitura anunciou que iniciou a organização de um velório coletivo para os mortos. A gestão municipal também decretou luto oficial por três dias.
Em nota, a Prefeitura de Jacobina lamentou o acidente e informou que o velório será realizado no ginásio de esportes municipal. Mas ainda não há previsão de data e horário.
As vítimas tiveram os corposlevados para os Departamentos de Polícia Técnica (DPTs) das cidades de Jacobina, Euclides da Cunha, Juazeiro e Senhor do Bonfim.
Ônibus regular
Apurações da TV Bahia, afiliada da TV Globo no estado, aponta para a regularidade do micro-ônibus, assim como a documentação do motorista. Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), confirmou a informação.
Não há informações apuradas sobre as condições do caminhão, que seguia com três pessoas com uma carga de manga para Feira de Santana. A informação de que o caminhão seguia para Salvador teve correção no início da tarde. Os três ocupantes também morreram.
Situação de Guerra
O coordenador da Brigada Anjos Jacuipenses, Lucival Souza, que atuou no resgate das vítimas, contou que as equipes só saíram do local do acidente após fazer varredura em toda área de matagal próxima do acidente.
“Foi uma situação de guerra, uma situação muito feia. A gente teve que colocar ali 24 pessoas mortas, um ao lado da outra, e cobrir. Foi muito triste para a gente que atua no resgate, a gente sempre vai na intenção de pegar as pessoas machucadas, doentes, e levar para o hospital”, lamentou.