Presidente Peru declara estado de emergência e impõe toque de recolher no país

O presidente do Peru, Pedro Castillo, declarou estado de emergência no Peru e impôs um toque de recolher em todo o país. Castilho disse nesta quarta-feira (7) que vai dissolver o Parlamento e convocará novas eleições.

Castillo responde a um processo de impeachment. Em um pronunciamento na TV aberta, Castillo diz que tomou a decisão de estabelecer “governo de exceção para restabelecer o estado de direito e a democracia”.

Ele também anunciou que vai convocar eleições para um novo Congresso, elaborar uma nova Constituição em até nove meses e a instauração de um toque de recolher entre 22h e 04h, no horário local.

Ele estabeleceu também que quem possuir armas ilegais deverá devolvê-las ao Estado, sob pena de prisão. Por fim, anunciou uma “reorganização” do sistema de judicial, incluindo o Poder Judicial, o Ministério Público, a Junta Nacional de Justiça e o Tribunal Constitucional.

O  Congresso peruano aprovou na semana passada a abertura de um processo de impeachment contra Castillo, que é acusado pela oposição de “incapacidade moral” para ocupar o cargo. Essa é a terceira tentativa formal de derrubar o líder de esquerda desde que ele assumiu o cargo, em 2021.

A pressão aumentou depois que o Congresso começou a avaliar uma denúncia do Ministério Público contra Castillo por suspeita de corrupção. A Promotoria pede que ele seja afastado temporariamente do cargo.

Desde 2016, o Peru teve cinco presidentes, incluindo Pedro Castillo, eleito para o mandato presidencial de 2021 a 2026. Antes dele, em 2018, Pedro Pablo Kuczynski enfrentou uma moção de vacância, mas renunciou antes da votação de impeachment, que se estima que ele teria perdido.

Com o Correio

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