Bahia

Ex-vocalista de banda New Hit é preso 12 anos após estupro

A polícia da capital baiana prendeu na segunda-feira (2) o ex-vocalista da banda New Hit, Dudu Martins, pelo crime de estupro. A prisão ocorre 12 anos depois do crime na cidade de Ruy Barbosa, após condenação a 10 anos de detenção em regime fechado. Anteriormente ele respondia ao crime em liberdade.

Conforme o portal A Tarde, depois de preso, ele foi submetido a exames de corpo de delito e segue à disposição da Justiça. Ainda segundo a publicação, a defesa entrou com um pedido de habeas corpus no mesmo dia, distribuído às 20h43 de ontem.

Saiba mais sobre o crime

Segundo a justiça, oito integrantes da banda New Hit abusaram sexualmente de duas adolescentes de 16 anos. O crime ocorreu na cidade de Ruy Barbosa, no interior da Bahia, em 2012.

As duas adolescentes viajaram de Itaberaba para Ruy Barbosa para participar de uma micareta. A fim de assistir melhor à apresentação, solicitaram a um dos membros da banda acesso ao trio, o que lhes foi concedido. Após a apresentação, como diversos outros fãs, pediram para tirar fotos e recolher autógrafos dos integrantes da banda, apontou o MPBA. Neste momento, os membros do grupo “lhes sugeriu que fossem para ônibus”, não tendo as adolescentes em nenhum momento feito essa solicitação por conta própria, conforme destaca Marisa Jansen.

No interior do veículo, as garotas, imediatamente ao entrar, passaram a ser “vítimas de atitudes libidinosas por parte dos dançarinos Alan, Wesley e Guilherme, bem como do vocalista de vulgo Dudu, “tendo as duas jovens os repreendido”, pedindo para que parassem, como destacou a promotora de Justiça. Após isso, sob o argumento de que “ali seria mais claro” para fazer as fotografias, as duas jovens foram atraídas para o fundo do ônibus pelos integrantes da banda. Uma delas foi “puxada pelos cabelos” por William, vulgo Brayan, que “desferiu-lhe tapas no rosto e, brutalmente, a arrastou para dentro do banheiro”. Lá, juntamente com Weslen, vulgo Gagau, iniciaram a primeira sessão de estupro, estando a vítima “totalmente acuada e impossibilitada de oferecer resistência”. Embora tenha tentado se desvencilhar dos agressores e escapar, a vítima foi mantida no banheiro para que outros dois membros, desta vez Michel e Guilherme, passassem a estuprá-la na sequência. Durante todo o tempo, a adolescente era xingada e agredida fisicamente. Esta mesma vítima ainda foi estuprada, ato contínuo, por Alan, vulgo Alanzinho e Edson dos Santos.

Com a outra adolescente, o processo a violência foi de tal sorte que a promotora de Justiça descreveu os atos dos acusados como “vis e animalescos”. Dudu Martins, que estava sentando ao lado dela no banco do ônibus, foi o primeiro a estuprá-la, em parceria com Jhon Ghendow de Souza Silva. A vítima, que era virgem até então, conforme comprovado em laudo pericial, foi imobilizada, xingada e agredida enquanto era violentada, apontou o MP ainda em 2012. Após o estupro, as vítimas foram retiradas do veículo por um dos seguranças, “sendo mais uma vez alvo de absurda humilhação e violência”, ressaltou Marisa Jansen.

De acordo com o Correio, a condenação dos músicos ocorreu em 2015 em decisão da juíza Márcia Simões Costa, titular da Vara Crime de Ruy Barbosa. Mas os réus recorreram da decisão. Em 2017 o Ministério Público anunciou a prisão de cinco integrantes, enquanto outros estavam sendo procurados.

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Darlan A. Lustosa

Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica. Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social. Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.

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