do jornal A Tarde
Produtores iniciam o plantio da nova safra de algodão do Oeste baiano, depois do encerramento da restrição de 60 dias, que visa a eliminação de plantas vivas do campo. A medida, estabelecida por meio da Portaria nº 253/2018, da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), é uma estratégia para a prevenção e o combate às principais pragas na lavoura do algodão, principalmente o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis).
A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA) prevê para a safra 2018/2019 o crescimento de 25,8% na área plantada de algodão, com a previsão total de 331,9 mil hectares, sendo 319,6 mil no Oeste e 12,3 mil no Sudoeste baiano. Na safra passada, a Bahia produziu um total de 1,270 milhão de toneladas de algodão (caroço e pluma) em uma área de 263.692 mil hectares. O Estado é o segundo maior produtor da fibra no Brasil, ficando atrás apenas do Mato Grosso.
“Estamos vindo com uma produtividade média de 322,6 arrobas/hectare na Bahia, chegando a 330,3 arrobas/hectare no Oeste do Estado. Com a retomada da regularidade das chuvas e dos preços, com maior interesse e valorização da fibra natural no mercado nacional e internacional, é provável que se tenha preços mais vantajosos para os agricultores”, considera o presidente da ABAPA, Júlio Busato.
O dirigente aponta também como fator positivo o trabalho desenvolvido pelo programa fitossanitário da entidade que, segundo ele, vem atuando na orientação dos produtores para o manejo adequado na prevenção e combate ao bicudo do algodoeiro. “A expectativa é que, neste ritmo de crescimento de área e produtividade, seja retomada a capacidade já instalada no Oeste da Bahia de 400 mil hectares, o que levará os agricultores a investirem na cadeia produtiva, gerando mais renda, emprego e desenvolvimento socioeconômico”, completa.