Quebra de safra aumenta pedidos de recuperações judiciais

O calor extremo já está causando prejuízos aos produtores de grãos no Estado de Mato Grosso. A chamada “quebra da safra” está reduzindo a produção, apesar dos custos elevados.

Consequentemente, já se observa um aumento nos processos de recuperação judicial entre produtores e grupos do agronegócio. Nos últimos meses, houve um aumento nos processos de recuperação ligados ao campo, sendo predominantes nos novos casos registrados nas Varas de Recuperação Judicial do Estado.

A startup A de Agro, especializada em gestão de dados para o agronegócio, indica que dez cidades do Estado enfrentam um “perigo elevado” de quebra de safra, devido ao calor excessivo e à escassez de chuvas.

Para o advogado Antônio Frange Júnior, especializado em recuperação judicial, a situação se agrava ainda mais porque vários setores ligados ao agronegócio estavam se recuperando de uma crise ocasionada pela pandemia. “Apesar de sustentar a balança comercial, o agronegócio enfrenta dificuldades. A questão climática é mais um desafio, e a recuperação judicial é um meio de manter o setor pujante, gerando empregos e renda para o Estado e municípios, que têm na produção agrícola sua principal fonte de arrecadação de impostos”, ressaltou Frange.

Ele também destacou o aumento nos pedidos de recuperação judicial por parte dos produtores nos últimos meses. Entre as justificativas, está a quebra da safra devido ao clima quente e seco em praticamente todas as regiões do Estado.

“Os produtores explicaram que o plantio foi prejudicado pela condição climática, resultando numa diminuição de cerca de 20% na área plantada. Investimentos realizados pelos fazendeiros não serão recuperados durante a colheita”, enfatizou o advogado.

A crise afeta o estado

Durante um evento nesta segunda-feira (18), o governador Mauro Mendes (União) também mencionou que o poder público será afetado pela ‘quebra da safra’ no campo. Segundo ele, a diminuição da produção devido ao clima resultará em uma circulação inadequada de mercadorias, levando a perdas na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), além do Fethab (Fundo de Transporte e Habitação).

“Não será um ano como 2023, 2022 e 2021. Será um ano de algum nível de dificuldade, nossa receita será afetada, assim como o Fethab. Diretamente ou indiretamente, nossa arrecadação depende da atividade econômica. Isso terá consequências no dia a dia de todos nós, cidadãos, prefeitos e secretários”, alertou o governador.

DINO

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