Conhecida por onça-preta ou ‘pantera negra’, uma raridade felina foi captada por câmara de observação da Estação Ecológica do Rio Preto. A estação fica localizada no extremo Oeste da Bahia, boa parte dela no município de Formosa do Rio Preto. Conforme o gestor da Estação Ecológica, Iedo Vitor, as onças-pintadas com pelagem escura possuem essa característica marcante graças a uma mutação genética, que as tornam felinos melânicos. É possível perceber que a onça preta tem no corpo as mesmas manchas, chamadas de rosetas, que a onça pintada tem.
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Contudo, a cor escura de fundo dificulta a observação das rosetas, que são típicas da espécie. No vídeo divulgado é possível observar rapidamente a presença dessas rosetas, enquanto o animal caminha ao lado de outra onça-pintada.
Como grandes predadores, elas precisam de grandes áreas preservadas para caçar e sobreviver, o que necessariamente implica em qualidade da água dos rios e das florestas. Por isso, as onças são consideradas bons indicadores de qualidade do ambiente, indicando a saúde ambiental da região
diz Iedo Vitor, Gestor da da Estação Ecológica Rio Preto.
Maior felino das Américas, a onça-pintada pode medir 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura. No Brasil, ela pode ser encontrada na Amazônia, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Cerrado.
De acordo com especialistas o melanismo não ocorre apenas em felinos, mas em várias outras espécies de animais como serpentes, lagartos, roedores, borboletas, anfíbios, entre outros
Conforme o G1, um estudo liderado por pesquisadores da PUC/RS, das 40 espécies atuais de felinos selvagens ao redor do mundo, o melanismo já foi registrado em 14 delas. O melanismo esteve presente em 9% de quase 800 amostras de onças-pintadas provenientes de 19 países diferentes, segundo o estudo conduzido pelos pesquisadores da PUC/RS.
Tatu-Canastra
Na semana passada, outra espécie rara, o tatu-canastra, que integra a lista de animais ameaçados de extinção, também foi flagrada pela câmera da estação. O tatu-canastra é o maior e mais raro dos tatus existentes.
A espécie pode chegar a 1,5m de comprimento e pesar até 60 kg, possuindo hábitos solitários e noturnos. Além disso é uma espécie semi fossorial, animal que está adaptado e cavar e a viver parte do tempo debaixo do solo, o que dificulta sua visualização e estudo, sendo um dos mamíferos de grande porte menos conhecidos do Brasil. (veja aqui)