Considerada uma doença crônica pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade é definida pela entidade como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo, tendo sua incidência na população aumentada de forma exponencial nos últimos anos. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2020 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a quantidade de adultos obesos no Brasil mais do que dobrou em 17 anos: foi de 12,2%, entre 2002 e 2003, para 26,8%, em 2019. Já uma projeção do Atlas Mundial de Obesidade de 2022 estima que haverá 1 bilhão de pessoas obesas no mundo em 2030.
Ainda de acordo com a PNS, praticamente um em cada cinco brasileiros – ou 25,9% da população brasileira, cerca de 41 milhões de pessoas – têm obesidade. Contudo, se for considerado apenas o quadro de sobrepeso, o percentual salta para 60,3%, o que significa que 96 milhões de pessoas apresentam excesso de peso no país.
Tais números evidenciam que a obesidade representa um enorme desafio para a saúde pública, já que a doença favorece o surgimento de muitas outras enfermidades, como diabetes, hipertensão arterial, complicações cardíacas, diversos tipos de câncer, limitações físicas, além de afetar o paciente emocional e psicologicamente.
Para determinar o diagnóstico de obesidade, utiliza-se o Índice de Massa Corporal (IMC), um parâmetro internacional adotado pela OMS. O cálculo é realizado dividindo-se o peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado: indivíduos com IMC entre 25 e 29,9 kg/m² são considerados com sobrepeso; já aqueles com IMC acima de 30 Kg/m² são diagnosticados com obesidade.
A Dra. Lilian Kanda, endocrinologista, mestre em diabetes e diabetes gestacional pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que esse índice não é suficiente para a avaliação da saúde e do risco cardiovascular de um paciente, visto que, para determiná-los, é importante saber a distribuição de gordura pelo corpo, em especial na região abdominal.
“O IMC não leva em conta algumas variantes, como o acúmulo de gordura na região do tórax e do abdômen, que eleva o risco de desenvolvimento de doenças do coração mesmo em pessoas que tenham IMC dentro do que é considerado saudável, por exemplo”, ressalta.
Nesse contexto, a endocrinologista salienta que o método Relação Cintura-Estatura (RCE), que utiliza como parâmetros as medidas da circunferência da cintura e a da altura da pessoa, vem ganhando importância na prática clínica, pois é um indicador que leva em conta o risco cardiovascular do paciente, e não apenas seu peso, fornecendo, assim, um diagnóstico diferenciado no que se refere à obesidade. “Com a RCE, conseguimos identificar com maior exatidão pacientes com maior propensão a desenvolver a obesidade abdominal, que está mais associada à morbimortalidade cardiovascular.”
Para colaborar com a conscientização da necessidade dos cuidados com a saúde, a Dra. Lilian Kanda disponibiliza em seu site uma ferramenta gratuita que ajuda a calcular a RCE. “A ideia da calculadora surgiu com a intenção de criar um maior engajamento e chamar a atenção da população para as enfermidades crônicas, como a diabetes e as doenças do coração, que podem ser desencadeadas devido ao excesso de gordura na região abdominal”, justifica a endocrinologista.
Para o cálculo, devem ser informadas as medidas, em centímetros, da cintura e da estatura, dividindo-se o valor da primeira pelo da segunda. São considerados de baixo risco os índices menores que 0,5; de risco aumentado, os índices entre 0,5 e 0,6; e de risco muito aumentado, aqueles acima de 0,6. A especialista recomenda às pessoas que obtiverem índice de risco aumentado procurar um médico para a realização de exames de análise dos fatores de risco e, além disso, levar uma vida mais saudável, combinando alimentação e sono de qualidade, cuidados com a saúde mental e a prática de atividade física monitorizada.
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