Diz um dito popular em Formosa do Rio Preto que, quando a orelha do vizinho arde, pode colocar a sua de molho. Os Vieira Lima não entenderam o recado dos orixás da Bahia,talvez pela arrogância que o poder impõe, quando o Jaime Vieira Lima, irmão de Anfrísio Vieira Lima e tio de Geddel e Lúcio, foi preso da Operação Arara-Preta da Polícia Federal, acusado de tráfico internacional de animais.
Pois bem! Quarenta e três anos depois, o clã Vieira Lima ruiu e não terá representante na política brasileira. Depois de escândalos envolvendo os irmãos que culminou na prisão de Geddel e o indiciamento de sua mãe Marluce, por lhes ser atribuído um bunker com R$ 51 milhões de Reais, descoberto numa operação da Polícia Federal no famoso bairro da Graça em Salvador.
Lúcio Vieira Lima, o caçula irmão de Geddel, não conseguiu se reeleger para a Câmara Federal. Eleito em 2010 com 221.616 votos e reeleito em 2014 com 222.164 votos , já em 2018 teve parcos 55.743 votos, insuficientes para sua assumir uma vaga na câmara.
Desde 1975, quando o pai, Anfrísio Vieira Lima foi eleito pela extinta Arena, partido de apoio a ditadura militar e reeleito até 1990 já então pelo PMDB, esta é a primeira vez que os poderosos da Bahia ficam longe do poder político.
Geddel foi eleito no mesmo ano como deputado federal pela primeira vez e ficou no cargo até 2010, quando concorreu ao governo da Bahia e teve 1.000.038 votos perdendo para Jaques Wagner do PT que teve 4.101.270.
Até meados de 2016, Geddel era homem forte do Governo Temer e comandava a Secretaria de Governo. Na metade do ano em um desentendimento com seu colega, o então Ministro da Cultura Marcelo Calero,agora eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, tendo como pano de fundo um prédio de alto padrão na capital baiana, foi destituído do cargo. De lá para cá ruiu em desgraças e está preso na Papuda em Brasília.