A Bahia deve alcançar 10,5 milhões de toneladas em 2021 na safra de cereais, oleaginosas e leguminosas. O resultado representa um crescimento de 4,8% na comparação com a safra 2020, que foi o melhor resultado da série histórica da pesquisa.
A análise e sistematização foram feitas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan) nesta terça-feira (10). Os dados são do sétimo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao levantamento do mês anterior, o resultado apresentou uma alta de 0,7 ponto percentual (p.p.). Destaque positivo para a lavoura da soja, cuja produção deverá alcançar sua máxima histórica. Por outro lado, as demais lavouras dos principais grãos deverão ter níveis de produção inferiores aos de 2020, em razão de fatores climáticos assim como de mercado.
As áreas plantada e colhida ficaram ambas estimadas em 3,2 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 2,6% na comparação interanual. Dessa forma, a produtividade média estimada para a safra de grãos, no estado, foi de 3,29 t./ha, o que representa alta de 2,1% na mesma base de comparação.
A produção de algodão (caroço e pluma), em 2021, ficou projetada em torno de 1,27 milhão de t., que corresponde a uma retração de 14,0% na comparação anual. Em relação ao levantamento anterior, houve um ligeiro aumento (2,5 p.p) na previsão de produção da fibra. A estimativa de área plantada (268 mil ha.) representou recuo de 14,9% em relação a 2020.
A soja, cuja colheita já está concluída, teve sua estimativa mantida em 6,8 milhões de t. – a maior da série histórica do levantamento –, o que corresponde a uma alta de 12,6% em relação a 2020. A área plantada com a oleaginosa somou 1,7 milhão ha., que supera em 4,9% a de 2020, e o rendimento médio esperado da lavoura ficou em 4,0 t./ha..
A expectativa para as duas safras anuais de milho totalizou 2,5 milhões de toneladas em 2021, o que corresponde ainda a uma retração de 3,1% na comparação anual. Com relação à área plantada (670 mil ha), o IBGE indica uma expansão de 7,5% sobre 2020. A estimativa da 1ª safra do cereal ficou em 1,9 milhão t. (5,5% superior à de 2020) e a da 2ª safra (620 mil t.) teve recuo interanual de 22,5%.
Na atual temporada, a produção total de feijão deve somar 202 mil t., o que implica um recuo 30,3% em relação a 2020. O levantamento revela uma área plantada de 417 mil ha., cerca 1,7% inferior à verificada no ano passado. A má distribuição de chuvas é possivelmente o principal determinante do resultado da lavoura, cuja produção é predominantemente em área não irrigada.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima 5,4 milhões de t., alta de 5,8% em relação à safra anterior. A estimativa de cacau ficou projetada em 115 mil t., queda de 2,5% na comparação com 2020.
A estimativa deste ano para o café ficou em 218,2 mil t., 11,3% abaixo da produção verificada no ano passado. A safra do tipo arábica ficou projetada em 92 mil t., variação negativa anual de 23,7%, e a da canéfora, em 126,2 mil t., correspondendo a um ligeiro aumento de 0,5%, na mesma base de comparação.
As estimativas para as lavouras de banana (878,5 mil t.), laranja (634,3 mil t.) e uva (52,3 mil t.) registraram, respectivamente, variações positivas de 3,4%, 0,2% e 15,3%, em relação à safra anterior.
As projeções ainda indicam uma produção de 861,5 mil t. de mandioca, 10,5% inferior à de 2020. A batata-inglesa teve sua produção estimada em 387 mil toneladas. O tomate teve queda nas projeções (13,7%), que ficaram estimadas em 208,2 mil toneladas.