Os agricultores brasileiros devem colher a maior safra de soja da história nos próximos meses. Com o dólar valorizado, o setor ganha fôlego mesmo diante de preços internacionais mais baixos. De acordo com o portal UOL, as projeções indicam uma colheita recorde. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima 166 milhões de toneladas, enquanto o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aponta para 169 milhões.
Por outro lado, algumas consultorias privadas chegam a prever 172 milhões de toneladas, representando cerca de 40% da produção global.
Fatores que impulsionam o recorde
A consultoria Agroconsult atribui esse crescimento a três fatores principais:
- Expansão da área plantada;
- Clima favorável no início do ciclo;
- Boas condições de plantio nos estados produtores.
Com isso, a produtividade média deve superar 60 sacas por hectare, contra 55 sacas na safra anterior, que foi afetada pela estiagem.
Impacto econômico e balança comercial
O setor agropecuário enfrentou desafios financeiros em 2023. O aumento nos pedidos de recuperação judicial por produtores e a queda nas receitas de exportação impactaram a economia. No acumulado até novembro, as exportações de soja recuaram 18%, totalizando US$ 42,08 bilhões. O petróleo ultrapassou a soja na liderança das vendas externas, atingindo US$ 42,76 bilhões no mesmo período.
Dólar alto favorece exportações
O Cenário internacional favorece os produtores brasileiros. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), a valorização do dólar frente ao real torna a soja brasileira mais competitiva no mercado externo. No entanto, os contratos fechados para embarque nos portos brasileiros no primeiro semestre de 2025 registraram cotações menores que as do mesmo período de 2024. Atualmente, a saca de soja é negociada a US$ 22.
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