Em 2 de julho, baianos comemoram a expulsão das tropas portuguesas e a independência do Estado - Foto: Camila Souza/GOVba via BBC
A Bahia comemora Independência do Brasil no dia 2 de julho, data que simboliza a libertação das tropas portuguesas em 1823 e marca o início de um novo capítulo para o estado e o Brasil. O dia relembra um ano e cinco meses de guerra, com a participação de 10 a 15 mil soldados de cada lado e mais de duas mil mortes em combate.
De acordo com a BBC, o evento mais marcante foi a chegada da tropa baiana a Salvador, na manhã de 2 de julho de 1823. Os soldados, descalços e exaustos, foram recebidos com entusiasmo pelos moradores. Os primeiros deles começaram a chegar pela manhã. Não pareciam fazer parte de um exército vitorioso, aponta a BBC.
Situação bem diferente da cena do quadro Entrada do Exército Libertador, do artista Presciliano Silva, pintado em 1930 e hoje exposto no Memorial da Câmara Municipal de Salvador. Ele mostra o comandante brasileiro, o então coronel Joaquim de Lima e Silva, tio de Luiz Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, montado num belíssimo cavalo alazão, seguido por um exército de homens muito contentes, alegres e saudáveis
O historiador Luiz Henrique Dias Tavares destacou que a pintura não representa a realidade dos fatos históricos. A resistência baiana começou em 1822, dois meses antes do Grito do Ipiranga, com a aclamação de D. Pedro como príncipe regente em Cachoeira, rompendo com as Cortes de Lisboa.
Paulo Rezzutti, autor do livro “Independência, a história não contada: a construção do Brasil de 1500 a 1825”, conta que os portugueses não aceitaram a insurreição. Com apoio de um navio, atacaram civis que estavam saindo de uma missa em celebração à aclamação de D. Pedro. A população, contudo, reagiu, e a embarcação portuguesa acabou se rendendo.
O espírito de resistência e unidade está no coração das comemorações de 2 de julho, um símbolo de libertação e de identidade para os baianos.
Ao contrário do 7 de setembro, comemorado com desfiles militares, o 2 de julho na Bahia é uma celebração popular vibrante, com desfiles e festividades por toda velha Salvador, tomando as principais rua do centro antigo da capital baiana. A data celebra não apenas o fim do conflito, mas também a resistência e unidade do povo baiano.
A cada ano, a Bahia celebra sua história e cultura únicas com entusiasmo renovado, mantendo viva a memória de sua luta pela liberdade.
Apesar de sua grandeza, poucas pessoas de outras regiões conhecem a guerra da independência na Bahia e nas comemorações de 2 de julho na Bahia.
“A História do Brasil é feita na perspectiva do Centro sul do país, notadamente instituições no Rio de Janeiro e São Paulo”
diz o historiador Pablo Antonio Iglesias Magalhães, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
“A busca do projeto de unidade constitucional conduziu a um pagamento da história de forças políticas provinciais, sendo que muitos personagens foram absorvidos pelos gabinetes políticos de D. Pedro 1º.”
Segundo ele, com exceção dos estudos de Braz do Amaral e de Luís Henrique Dias Tavares, muitos elementos foram omitidos. Proposital ou por ignorância, da guerra de independência do Brasil na Bahia. Mas isso começa a mudar, no entanto.
“Hoje, as universidades do interior do estado da Bahia, por meio dos seus professores e programas de pós-graduação, começam a desempenhar papel estratégico na recuperação dessa história”, explica. “E fazem mesmo com poucos recursos para pesquisas sérias.”
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