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Saiba quanto custa a xícara de café mais cara do mundo

Já imaginou pagar R$ 3.600 por uma xícara de café? Foi exatamente o que aconteceu em setembro, quando um cliente desembolsou o valor em uma cafeteria de luxo em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A bebida exclusiva foi servida na Roasters Specialty Coffee House, estabelecimento conhecido por seus cafés de origem controlada e torrefação artesanal. A xícara foi vendida por 2.500 dirhams, o equivalente a R$ 3.630, e o feito foi reconhecido pelo Guinness World Records como o valor mais alto já pago por uma única xícara de café.

O recorde chamou atenção mundial e reacendeu a curiosidade sobre o universo dos cafés especiais — um mercado que cresce a cada ano entre apreciadores e colecionadores de experiências gastronômicas.

Grãos raros e premiados do Panamá

O segredo por trás do café mais caro do mundo está nos grãos da variedade geisha, cultivados na tradicional Hacienda La Esmeralda, em Boquete, no Panamá.

A fazenda é referência mundial na produção de cafés especiais e já venceu diversas competições internacionais de qualidade. O geisha, originalmente descoberto na Etiópia, ganhou fama global por seu sabor delicado e aroma floral intenso.

Segundo Rachel Peterson, diretora de café da Hacienda La Esmeralda, o grão é único.

“É um café extraordinário em termos de paladar. Suas notas lembram goiaba, pêssego branco e jasmim”, destacou.

O cultivo é feito em microlotes, técnica que permite controlar as características sensoriais de cada safra, garantindo exclusividade e consistência de sabor.

Altitude e clima perfeitos para um café raro

A Hacienda La Esmeralda está localizada a cerca de 2 mil metros acima do nível do mar, uma altitude considerada ideal para o desenvolvimento de cafés de alta complexidade.

Essa condição, aliada ao solo vulcânico e ao clima úmido da região de Boquete, favorece a formação de grãos com acidez equilibrada e aromas frutados marcantes.

Além da altitude, o processo de colheita e seleção é feito de forma manual, com foco em qualidade máxima. Cada lote passa por provas de degustação e certificações internacionais antes de chegar ao mercado — e, eventualmente, às xícaras mais caras do planeta.

Café milionário em leilões internacionais

O reconhecimento do Guinness não é o único motivo que coloca o geisha da La Esmeralda entre os cafés mais valiosos do mundo. Em agosto de 2025, um lote de 20 quilos do geisha lavado foi arrematado por US$ 604 mil — o equivalente a mais de R$ 3,3 milhões — no leilão internacional Best of Panama, promovido pela Associação de Café Especial do Panamá.

Na mesma semana, durante uma degustação global, um lote menor foi vendido por US$ 23,6 mil o quilo (cerca de R$ 129 mil) a uma empresa chinesa especializada em cafés raros.

Esse valor exorbitante reflete o prestígio do geisha panamenho, que é frequentemente comparado a vinhos de safra limitada ou a joias gourmet do mercado gastronômico internacional.

Um café de luxo e experiência sensorial

Na cafeteria em Dubai, a experiência de degustar o café mais caro do mundo vai muito além do sabor. O preparo é feito por baristas premiados, com equipamentos de precisão e rituais que valorizam cada etapa da infusão.

A bebida é servida em porcelana fina, com acompanhamento de água mineral e descrição detalhada das notas sensoriais. O cliente participa de uma espécie de cerimônia, que reforça a exclusividade do momento.

Segundo os responsáveis pela Roasters Specialty Coffee House, o objetivo não é apenas vender uma bebida cara, mas proporcionar uma experiência inesquecível.

“As pessoas não pagam só pelo café, pagam pela história, pela raridade e pela sensação de estar saboreando algo realmente único”, afirmou o gerente da cafeteria ao Guinness.

O impacto no mercado de cafés especiais

O recorde estabelecido em Dubai reforça uma tendência global: o crescimento do mercado de cafés de origem e microlotes premium. Nos últimos anos, o consumo de cafés especiais aumentou principalmente entre jovens e profissionais urbanos, que buscam experiências autênticas e sustentáveis.

Segundo dados da Specialty Coffee Association (SCA), o mercado mundial de cafés premium cresce em média 7% ao ano, impulsionado por consumidores dispostos a pagar mais por qualidade e procedência.

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Darlan A. Lustosa

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