Em função da ocorrência de um número elevado de casos de sarampo no país no ano passado, e o registro de 561 casos confirmados esse ano até o último dia 12, concentrados principalmente em São Paulo, Pará e Rio de Janeiro, a Secretaria da Saúde do Estado, por meio da Diretoria Vigilância Epidemiológica (Divep), está alertando os profissionais de saúde para que sejam intensificadas as ações de vigilância e de imunização, visando prevenir a ocorrência da doença no estado.
Segundo o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, “entramos numa fase crítica de epidemia de sarampo no Brasil. “Não temos casos na Bahia, mas o estado tem muito trânsito de turistas e pessoas contaminadas poderão entrar aqui. Precisamos garantir uma cobertura vacinal adequada”, explica o Secretário, acrescentando que qualquer pessoa com idade abaixo de 50 anos que não tenha certeza ou comprovação de já ter tomado a vacina deve procurar um posto de saúde para ser imunizada, recebendo as duas doses de vacina.
A diretora da Divep, Jeane Magnavita, confirma que não há registro de casos confirmados de sarampo na Bahia esse ano, mas que foram notificados casos importados suspeitos nos municípios de Porto Seguro (um caso de residente em São Paulo) e dois em Salvador, sendo um de residente em São Paulo que viajava de férias e outro residente em Salvador com histórico de viagem para o exterior.
Os principais sintomas do sarampo são tosse, em geral seca e irritativa; febre alta; coriza, sensibilidade à luz; manchas vermelhas na pele e dores no corpo. Entre as complicações que podem advir da doença estão: infecções respiratórias, inflamação nos ouvidos, encefalite com dano cerebral, surdez e lesões severas de pele. Em gestantes, o sarampo pode provocar aborto ou parto prematuro.