Sou parte de um projeto comprometido com a democracia’ diz Rui durante a posse; Leia o discurso

O Governador reeleito, Rui Costa do PT, agradeceu durante discurso de posse para o segundo mandato, aos aliados e ressaltou  os feitos da primeira gestão e antecipou metas para os próximos quatro anos.

“Hoje, o discurso será uns 30% do que foi na primeira posse, mas com não menos emoção”, brincou o governador ao iniciar sua fala.

Ao final do discurso de posse, o governador petista frisou que, apesar de a governadoria receber chefes de estado, políticos e empresários, se orgulha de fazer parte de um projeto que tem se preocupado com segmentos sociais marginalizados.

“Meu governo será sempre sensível às causas dos negros, das mulheres, dos índios, dos agricultores familiares, dos operários e das pessoas com deficiência. Sou parte de um projeto comprometido com a democracia de tal maneira, que só sabemos governar com as pessoas”. 

Ainda durante o discurso, Rui Costa (PT) disse que ao longo dos próximos quatro anos espera manter o equilíbrio entre investimentos e responsabilidade fiscal, financeira e orçamentária conseguido na sua primeira gestão como governador do estado, de 2014 a 2018. “Buscando ser um dos principais estados em investimento no país, mas não abrindo mão da responsabilidade fiscal, financeira e orçamentária”.

Costa elegeu como prioridade para seu novo governo o tripé formado por educação, saúde e segurança. Em relação especial à educação, Rui Costa disse que pretende “virar o jogo”, porque a Bahia “carrega indicadores que não são bons há muitas décadas”.

A mobilização de pais e professores, a contratação de professores e coordenadores pedagógicos e a ampliação da educação profissional são algumas ações que ele quer empreender.


Leia o discurso de posso do Governador Rui Costa

 

“Senhoras e senhores, boa tarde.

Hoje é um dia de profunda e grande emoção. Ser Governador da Bahia, meu estado querido, é um privilégio, uma bênção de Deus. Repito sempre que, para chegar onde cheguei – ou melhor, onde chegamos, pois ninguém faz nada sozinho e isso é uma convicção de vida –, saindo de onde eu saí, filho de uma família humilde e trabalhadora, só mesmo acreditando em um ser superior magnânimo que tem iluminado minha vida e a quem agradeço todos os dias. 

Não apenas por ser governador, mas por ter sido conduzido uma segunda vez ao cargo, pelas mãos do nosso povo. E ser reeleito com a maior quantidade de votos da história política da Bahia, tanto em termos absolutos, quanto em percentual de votos válidos. Tudo isso me enche de orgulho pela vitória, o que me impõe ainda mais responsabilidade com a minha gente. Se fui considerado, em meu primeiro mandato, segundo um conhecido site de notícias, o Governador, no país, que mais cumpriu com seus compromissos de campanha, agora serei ainda mais rigoroso nesses objetivos.

Sou profundamente agradecido a todo o povo baiano que, repleto de expectativas para o futuro, de sonhos e de esperanças, participou ativamente do processo eleitoral e, assim, me elegeu de forma tão expressiva. Tenham a certeza de que pretendo governar para todos, sem exceção e sem discriminação. Afinal, foi esse mesmo povo que, nesses 12 anos, nos ajudou a cultivar a democracia neste Estado e a construir este projeto de governo dedicado a trabalhar prioritariamente para quem mais precisa. 

Quero também registrar aqui a minha gratidão aos muitos amigos que ganhei nesses meus anos de caminhada. Começo destacando a convivência com meu companheiro e amigo João Leão, meu vice-governador. Embora vindos de trajetórias diferentes, a vida nos possibilitou construir uma amizade franca e sincera, uma parceria da qual não abri e não poderia mão.

Quero fazer um agradecimento especial ao meu amigo Jaques Wagner, ex-Governador e, hoje, o senador mais votado da história da Bahia. Amigo de uma vida inteira. Muito obrigado por fazer parte da minha história de vida, da minha formação política, e pelo compromisso nessa missão de pensar e atuar por uma sociedade melhor. São mais de 35 anos de amizade!

Aproveito para agradecer também ao presidente da Casa e senador eleito, Ângelo Coronel; aos senadores Walter Pinheiro, Otto Alencar e Lídice da Mata – futura deputada federal -, e a todos que participaram nessa jornada eleitoral, deputados estaduais e federais, eleitos ou não. E quero estender esse agradecimento a prefeitos e ex-prefeitos, a vereadores, aos dirigentes de entidades da sociedade civil e aos movimentos sociais. Minha gratidão a todos os partidos e seus presidentes, além das suas bases, formadas por mulheres e homens, que espalharam seu entusiasmo e sua garra para que pudéssemos alcançar o resultado eleitoral, motivo central para estarmos nesta cerimônia. 

Sou imensamente grato à compreensão, ao amor e à dedicação que minha esposa, Aline Fernanda  Almeida Peixoto, compartilha comigo e com nossas filhas. Durante todo o tempo, ela esteve junto a mim, nos bons momentos e nas horas mais turbulentas. A nossa família me dá muita alegria, orgulho e equilíbrio para enfrentar os desafios do dia a dia à frente do Governo e do Estado. Como é bom chegar em casa ao fim de um dia de trabalho e ser recebido com o abraço e o beijo das minhas pequenas Marina e Malu! Isso repõe toda a minha energia e também aviva, em mim, cada vez mais o compromisso com as crianças do meu estado. Poder abraçar o meu filho Caio ou ir à maternidade para receber a minha primeira neta Júlia, filha de Aline Santos, minha primeira filha. Quero agradecer a vocês dois por toda compreensão. Vocês dois acompanharam momentos difíceis da minha vida. Isso consolida em mim a convicção de que é a família o núcleo onde o respeito, o amor, a responsabilidade e a paz precisam ser cultivados.

Durante o meu primeiro mandato, fiz questão de viajar intensamente ao interior da Bahia. Foram 469 viagens. Em todas, fiz questão de falar, nos eventos em praça pública, que os problemas que vivenciamos só poderiam ser resolvidos se houvesse uma integração e uma co-responsabilidade entre a sociedade e o governo. 

Fui bastante taxativo em afirmar que a construção de uma sociedade mais equilibrada e mais pacífica resulta de um processo de melhoramento do tecido social. Precisamos cultivar valores simbólicos e estruturantes dessa sociedade mais harmônica e justa que queremos construir: a fé em Deus, a família e a educação. 

Todos nós buscamos uma vida de paz. Todos nós desejamos trabalhar dignamente. Acredito realmente que o nosso desenvolvimento depende do crescimento da economia – conjugando a indústria, a agricultura, o comércio e os serviços – com a melhoria da qualidade de vida do nosso povo, para que tenhamos uma sociedade democrática, livre e socialmente mais justa.

Para alcançar esses objetivos, tenho utilizado minha própria experiência e trajetória de vida, que se confunde com a de milhares de baianos. E, em forma de políticas públicas, estou executando ações concretas que transformam a vida das pessoas.

Recordo-me que inúmeras vezes vi a minha mãe, Maria Luzia Costa dos Santos, empenhada em organizar uma creche para as crianças do nosso bairro. Lembro-me também dela cobrando de mim e de meus irmãos – Roberval, Robson e Rose – total empenho nos estudos ou mesmo me pedindo para dar aulas de reforço para meus amigos que estavam com dificuldades no aprendizado. Sempre preocupada e atenta à infância e à juventude, ela sabia que era necessário cuidar da educação e que este é o caminho mais seguro para transformar vidas. E ela repetia para os 4 filhos que não teríamos outra alternativa senão os estudos.

Por conta dessa certeza, reafirmo a minha disposição em trabalhar para que a juventude baiana tenha a possibilidade de olhar para o futuro sabendo que poderá construir uma carreira profissional que lhe dê perspectiva. Assim, afirmo o que os meus pais me ensinaram: educação é uma prioridade. É ela que muda a vida das pessoas e eu sou o mais claro exemplo disso. Estou convicto de que é necessário transformar as escolas em espaços abertos e integrados à comunidade, capazes de gerar oportunidades concretas. Por isso, estamos apostando na melhoria e na unificação das suas estruturas físicas, na Educação Profissional, na implantação das Escolas Culturais e na ampliação do número de Escolas em Tempo Integral para os nossos jovens. 

Precisamos dar um salto de qualidade e melhorar os indicadores das nossas escolas e quero contribuir diretamente nesse processo. Compromisso meu: vou acompanhar pessoalmente a formatação dessa nova escola, mais inclusiva, atual, moderna e aberta ao século XXI. Vou buscar e aplicar os melhores exemplos de incentivo e premiação para que as escolas incrementem novas dinâmicas de aprendizagem.

Também com as lembranças da minha vida, da minha família, devo dizer como foi duro, para mim, ver a minha mãe partir tão jovem por causa de um câncer de mama diagnosticado tardiamente. Hoje, sei que a perdi por causa das dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Assim como presenciei, por diversas vezes, ela acompanhando idosos e crianças para serem atendidos em Irmã Dulce, no Largo de Roma. É essa dor e são essas lembranças que me fizeram um obstinado pela melhoria da qualidade e pela regionalização da saúde pública. Quero agradecer a toda equipe da Sesab e, em particular, minha esposa e enfermeira Aline, que me ajudou a conceber e implantar o Hospital da Mulher, que faz, em média, 800 cirurgias por mês. 

Quando assumi o Governo da Bahia, em 2015, afirmei que ia levar a infraestrutura de Saúde aos quatro cantos do estado. Juntos, Governo do Estado e prefeituras, constituímos os Consórcios Interfederativos e, hoje, as policlínicas e os hospitais regionais estão chegando mais perto das pessoas que moram distante da capital. Hoje temos 8 policlínicas em funcionamento e, até o fim do nosso mandato, chegaremos a 27 policlínicas, uma por território, em nosso estado. Buscaremos, agora, também refinar a oferta dos serviços à população, destravando o fluxo de procedimentos, as formas de regulação e melhorando a gestão dos equipamentos de saúde. Com fé em Deus, vamos continuar dando passos largos nessa direção. 

No meu lugar de origem, durante minha juventude, vi também vizinhos meus, amigos até, errarem o caminho e se equivocarem no mundo das drogas, da violência e do crime. Ter testemunhado os desdobramentos dessas trajetórias de vida me fez pensar que é sempre possível buscar novas oportunidades, outras alternativas para os jovens. Não posso e nem devo aceitar que a pobreza em si seja a causa da violência e da criminalidade. Quantos entre nós, ali daquela parte da encosta da Liberdade, não buscamos outras possibilidades, não traçamos outros destinos pelas trilhas do bem, do trabalho, da educação, tal como aprendemos com as nossas famílias? Tampouco posso deixar de admitir que, se abandonadas à própria sorte, as pessoas dificilmente terão possibilidades mais dignas de vida. É contrapondo-nos a isso, ampliando as oportunidades de melhoria de vida e reforçando valores positivos que iremos reduzir a violência em nosso estado.

O nível atual de crime no Brasil não pode e não será combatido com os recursos tradicionalmente disponíveis. Ainda que absolutamente necessária, a repressão sozinha não é capaz de conter os danos causados por essa perversa e perigosa economia do narcotráfico, nem diminuir a morte de jovens, ou mesmo outros crimes contra idosos, mulheres, LGBT e os ataques cibernéticos. 

Aqui, na Bahia, atuamos juntos, forças policiais e políticas de desenvolvimento social – educação, saúde, trabalho, esporte, cultura –, para combater o tráfico de drogas, o crime organizado e seus desdobramentos. Eu me orgulho de ser o governador que mais contratou policiais na história da Bahia e que realizou os mais robustos investimentos em Segurança Pública em apenas quatro anos. Mas é preciso construir um modelo de intervenção que interrompa o ingresso dos nossos jovens no mundo do crime.

Isso, nós estamos buscando fazer com o conjunto de programas e ações que ofertam educação formal, profissional e cultural, com a construção de espaços desportivos nas escolas, com a valorização dos laços humanos de convivência, com oportunidades concretas de ingresso no mundo do trabalho. 

Assim, estamos conseguindo bons resultados no combate à violência e à criminalidade. Se eu perguntasse aqui nesse auditório: nos últimos 6 anos, desde que foi implantado o Programa Pacto Pela Vida, o número de homicídios vem aumentando ou diminuindo na cidade de Salvador? Creio que muitas pessoas seriam tentadas a dizer que os índices estão aumentando. É assim também que imagina o senso comum. No entanto, essa visão está totalmente equivocada. Estamos comemorando hoje a redução de 28,5% da taxa dos crimes violentos letais intencionais – CVLIs -, que é o indicador que mais usamos e vai além dos homicídios. Essa é uma redução bastante significativa em termos relativos de taxas. E, também em números absolutos, a redução foi grande: 31,5%.  Em nosso estado, agora em 2018, tivemos uma redução de 11,5% nos números de CVLIs, em relação a 2017. Mas ainda não estamos satisfeitos. Os patamares ainda são altos e não podem ser resolvidos apenas com esforços de cada Estado do país. 

É preciso pensar as conexões nacionais deste problema, que extrapolam as fronteiras de nosso estado. O enfrentamento do crime organizado, do tráfico de drogas e das suas consequências obriga a uma mudança de concepção e de metodologia de ação, articulada a uma política nacional de inteligência e de segurança pública que oriente o uso da força, propriamente dita. É isso que todos nós, governadores de estado, estamos esperamos. Eu disse há pouco para a imprensa: torço pelo Brasil. Durante o regime militar, eu via a polêmica que muitos ficavam se iriam torcer ou não pela seleção brasileira. Mas eu nunca deixei de torcer pela seleção, pelo meu país, pelo nosso Brasil. Como cidadão brasileiro, como governador, estarei disposto a ajudar o governo federal, em qualquer medida que ajude o povo brasileiro. Mas também ficarei atento para qualquer medida que prejudique o nosso povo. Não posso concordar com a distribuição de armas como se isso fosse trazer a paz. É como se um médico chegasse para um diabético e passasse uma dieta rica em açúcar. É assim que vejo a liberação de arma: como dar açúcar a um diabético. A arma é necessária, mas para quem foi treinado intensamente para fazer uso dela.

Ao pensar em infraestrutura, me veio outra lembrança da minha infância e juventude. Nós morávamos em uma encosta, na Liberdade. Nas noites de chuva, ficávamos aflitos, afinal, não foram poucas as vezes que presenciamos situações de deslizamentos de terra, inclusive com feridos e vítimas fatais. Recordo-me do meu pai, Cloves dos Santos – que estava aqui, na cerimônia de posse, em janeiro de 2015, e que se foi em 19 de julho daquele ano – um homem muito simples e muito sério, um metalúrgico que, com o seu trabalho, tentava dar dignidade ao nosso lar. Ele sempre ficava apreensivo com o que poderia acontecer a nós e aos nossos vizinhos. Essa mesma preocupação persiste em mim como Governador e, desta maneira, tenho orgulho de já ter construído muitas contenções de encostas. Garanto que continuarei realizando obras como essas, projetadas para serem soluções definitivas e darem segurança às pessoas que vivem em áreas vulneráveis. É um desafio que tomei para mim e que estou enfrentando. Sem dúvida, desde que iniciamos as intervenções, em 2015, milhares de famílias vivem em condições bem mais seguras. 

Lembro que, nas primeiras ordens de serviço de encostas que assinei, uma jornalista me perguntou: “governador, esse é um tipo de obra para município fazer. Por que o Governo do Estado vai construir encostas?”. Fiquei sem querer condená-la, talvez porque essa tivesse sido a pergunta que muitos deveriam ter feito há muito tempo. São milhares de pessoas que nasceram e vivem em encostas. Se não queremos lamentar a morte de pessoas a cada ano por conta da chuva, nós temos que agir. Posso garantir que cada vez que alguém me abraça com alegria e emoção de dormir em paz mesmo em dias com muitas chuvas, isso remete às mais profundas memórias do meu coração. São obras assim que marcam e marcarão o nosso jeito de governar. 

A contenção de encostas faz parte de outras grandes intervenções de infraestrutura, tais como projetar estradas e pontes. Foi assim que atuamos para tirar do isolamento muitos lugares da Bahia. Alcançamos sedes de municípios que nunca haviam visto asfalto. Como isso, diminuímos as dificuldades de locomoção e de transporte de produtos, facilitando a vida das pessoas e das comunidades. 

É neste sentido que precisamos falar em reforço da nossa infraestrutura e da nossa logística, aspectos relevantes para o desenvolvimento do Estado. Em momento propício, detalharei aqui, na Assembleia, investimentos, obras e inaugurações de estradas, portos e aeroportos. E a Bahia precisa de mais. Temos que superar os entraves que obstaculizam a conclusão da ferrovia Leste-Oeste e estarei atento a isso. Tudo isso vai potencializar os nossos modais, modernizar a nossa mobilidade. De maneira especial, temos a necessidade de novos sistemas de transporte de massa, sobretudo na Região Metropolitana de Salvador. Por isso, vamos concluir as avenidas de vias transversais e ampliar o metrô, implantar o VLT e, com fé em Deus e muito trabalho, vamos deixar como herança de infraestrutura para nosso estado a Ponte Salvador-Itaparica.

A tudo isso se somam as políticas de incentivo para atrair novos ramos produtivos, sobretudo nos setores de energia eólica e solar, estimulando inclusive o uso de energia compartilhada. Essas atividades econômicas têm o potencial de serem desenvolvidas pelo interior e de virem, assim, a se somar e a fortalecer outros segmentos produtivos, sobretudo aqueles vinculados à produção rural.

Como sabemos, a agricultura é o setor de maior destaque na formação do PIB do estado e é muito importante na geração de postos de trabalho. Aqui se vem alcançando muitos avanços e não é surpreendente que a Bahia se encontre nas primeiras colocações quanto a 40 dentre os 100 produtos de lavouras permanentes e temporárias. Porém, ainda não somos autossuficientes em vários produtos e esse é um dos nossos desafios, tanto para o agronegócio como para a agricultura familiar. Somos a maior população rural do Brasil e é o momento de qualificar e dinamizar, do ponto de vista produtivo, os diversos setores da agroeconomia baiano. Para tanto, vai ser preciso, em parceria com as prefeituras e com a rede de entidades que atuam no campo, ampliar a agroindustrialização, a infraestrutura rural, as estradas vicinais, a comercialização, a assistência técnica e a extensão rural. E fazer tudo isso com respeito ao meio ambiente e com políticas de convivência com os biomas, especialmente o semiárido, que cobre quase dois terços do território do nosso estado.

Minhas memórias de infância me trazem imagens da população do morro onde nasci, carregando latas d’água na cabeça, do antigo chafariz que tinha na Ladeira de São Domingos. Tenho a alegria e o orgulho de dar continuidade a um dos programas mais felizes concebidos em 2007, e prioridade de governo desde então, que é o Água Para Todos. É vital levar água potável para o semiárido, prioritariamente, mas também para abastecer grandes cidades, além de municípios e localidades rurais. Isso significa levar saúde em estado líquido para homens, mulheres e crianças, além de possibilitar que a produção do nosso interior seja viabilizada. Já realizamos e vamos continuar executando desde as grandes obras de adutoras, barragens e canais, até a implantação de poços e tubulações alcançando, inclusive, os lugares remotos do estado. A minha meta – sei que é audaciosa – é levar água para todas as comunidades rurais da Bahia. Estamos trabalhando para tornar isso uma realidade.

Na outra ponta, estamos trabalhando para executar as obras de saneamento, tanto de macrodrenagem quanto de esgotamento sanitário, perseguindo dois objetivos: proteger as pessoas e o meio ambiente. Quero elevar a cobertura do esgotamento na Bahia e, para isso, além dos recursos próprios, buscaremos a parceria com a iniciativa privada.  

Os próximos quatro anos serão de muitos desafios. Como no primeiro mandato, precisei ajustar a máquina estadual para continuar a dar horizonte à população baiana. As medidas são fundamentais para garantir que o Estado permaneça funcionando plenamente e com mais eficiência para que os avanços continuem sendo possíveis. Desde 2007 e, especialmente nos últimos quatro anos, a Bahia vem sendo governada com muita responsabilidade e compromisso com a gestão administrativa e financeira. O salário dos servidores estaduais ativos e aposentados é pago rigorosamente em dia nos últimos 12 anos. Alguns dirão: isso é obrigação. Sim, é uma obrigação que cumpro mesmo diante da grave retração econômica que tem afligido a maior parte dos estados brasileiros. Diferente do que ocorre em outros lugares, aqui, mantivemos e ampliamos a oferta dos serviços públicos estaduais à população. Isso só foi possível porque adotamos um modelo exigente de fazer gestão. Assim, prosseguiremos.

E me sinto na obrigação de reafirmar uma concepção que carrego: a Governadoria ou o Palácio de Ondina podem receber chefes de estado, empresários – pequenos, grandes e médios –, deputados, senadores, prefeitos, mas eu me orgulho de fazer parte de um projeto político que tem se preocupado com os segmentos sociais secularmente marginalizados. O meu Governo estará sempre sensível com as causas dos negros, das mulheres, dos jovens, dos índios, dos agricultores familiares, dos operários e das pessoas com deficiência. Sou parte de um projeto comprometido com a democracia de tal maneira e numa relação tão saudável e produtiva com a sociedade, que só sabemos governar junto com as pessoas. 

Hoje, mais do que em qualquer outra ocasião, faço questão de repetir que sou Governador de todos os baianos, sem fazer distinção de credo, raça ou posições ideológicas. Mas, também reafirmo que meu olhar prioritário estará sempre voltado àqueles mais fragilizados, aos que mais precisam.

Tenho um compromisso com a minha família, com os meus filhos e minha neta: no futuro, quando todos forem adultos, gostaria que falassem do pai e do avô deles como um homem sério, honesto e trabalhador que governou a Bahia para transformar e melhorar a vida dos homens e mulheres que vivem aqui. Quero que eles tenham o mesmo orgulho que tenho ao falar do meu pai e da minha mãe.  O grande patrimônio que quero deixar para meus filhos é a história da nossa família

Para honrar este compromisso de vida, vou repetir o que tenho afirmado desde o início da minha gestão: governarei com transparência e ética. Estou atento e me posicionarei firmemente contra quaisquer atos que ameacem os interesses públicos dos baianos, ou atos de uso impróprio dos nossos recursos.

Espero que, ao findar os meus 8 anos de mandato, eu consiga plantar uma semente de esperança e orgulho em cada baiano e baiana. Que a gente enxerge na coisa publica a oportunidade de transformar a vida dos jovens e dar vida a milhares crianças. 

Quero, mais uma vez, dizer: muito obrigado. Um 2019 com trabalho para nosso povo, esperança, diálogo franco e unidade na busca de uma Bahia melhor para todos nós! Mãos à obra!  

Um grande abraço”. 

Rui Costa
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