Suspeito de homicídios após cirurgias espirituais, médium se apresenta à Polícia Civil em Goiás

O pecuarista Antônio Miguel Rodrigues, de 55 anos, apontado como médium e investigado pelo homicídio de duas pessoas na Bahia após realização de cirurgias espirituais, procurou a Polícia Civil de Goiás para se pronunciar sobre os casos. Em seu depoimento, tomado na Central de Flagrantes de Goiânia, no sábado (5), ele nega as acusações.

Conforme as investigações, apesar de viver em Goiás, ia ao menos uma vez por mês para atender em Barreiras, na Bahia.

No termo de apresentação espontânea, repassado à TV Anhanguera por seu advogado, Daniel Rocha Couto, Antônio disse que compareceu à delegacia após receber uma ligação de seu irmão, alegando ter visto uma reportagem na TV relatando que ele teria “sob investigação de supostos erros em manobras cirúrgicas”, onde algumas pessoas teriam sido “lesionadas”.

Segundo apuração da polícia da Bahia, as duas vítimas  são Vanderluce Soares dos Soares dos Santos, de 42 anos, que chegou a ficar um mês internada, e Arnaldo Domingos dos Passos, 78. Além disso, Mário Joaci Pereira Rocha, 71, teria sofrido lesões graves após o procedimento.

No documento, Antônio se defende dos casos, nega qualquer erro nos procedimentos e diz acreditar que as mortes são “suposições de pessoas, aproveitando de uma boa situação financeira” dele com o intuito de “possível indenização reparatória”.

Sobre a morte de Vanderluce, o suspeito declarou que tem conhecimento da morte, mas que o óbito ocorreu cerca de 40 dias após a cirurgia espiritual. Alega ainda que a vítima já estava enferma quando procurou tratamento espiritual.

Já em relação ao caso de Arnaldo, o médium afirmou que o idoso já possuía tumores nos testículos e já chegou “em fase precária, com mau cheiro”, vindo a morrer também 40 dias depois. Neste caso, salientou que não usou nenhum instrumento físico no paciente e que está disposto a apresentar provas em relação às denúncias.

Com informações do G1 Goias

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