Suspeito de matar mãe e filha no DF, comparsa de Lázaro Barbosa pode está escondido no Oeste da Bahia

Um crime bárbaro e que chocou o Distrito Federal, ganhou um novo capítulo. Mãe e filha foram brutalmente assassinadas em Brasília no dia 20 de dezembro de 2021.

Os corpos de Shirlene Ferreira da Silva de 38 anos, grávida de 4 meses e a filha Tauane Rebeca da Silva de 14, foram encontrados na tarde daquele dia, parcialmente coberto por folhas. Shirlene e Tauane desapareceram em 9 de dezembro do ano passado ao sair para tomar banho no Córrego da Coruja. 

O principal suspeito de assassinar mãe e filha, Jeferson Barbosa dos Santos, de 26 anos, era amigo de Lázaro Barbosa e está escondido na Bahia desde o ano passado. 

Reprodução: Correio Braziliense

De acordo com o Correio Braziliense, Jeferson era conhecido pelas pessoas da região principalmente pela amizade que mantinha com Lázaro. Os dois chegaram a trabalhar juntos em serviços de carroceria e, de acordo com a polícia, é provável que tenham cometido crimes juntos, como roubos e furtos. 

“Um dos celulares encontrados com o irmão do autor, inclusive, foi roubado pelo Lázaro. Ao longo das investigações, várias testemunhas trouxeram essa informação para nós”, detalhou o delegado frente do caso, Thiago Peralva em entrevista ao Correio Braziliense.

Assim como Lázaro, Jeferson também conhecia muito bem a região. O córrego onde mãe e filha foram mortas foi no mesmo local onde Lázaro matou Cleonice Marques. À época, a mulher foi sequestrada, estuprada e assassinada com um tiro na nuca.

Testemunhas oculares afirmaram à polícia terem visto Shirlene e a filha indo rumo ao córrego. Uma outra testemunha relatou que, no mesmo horário e no mesmo dia, Jeferson desceu para o mesmo local. “Toda vez que desce uma pessoa para o córrego, os cachorros latem. Essas testemunhas só repararam que o autor tinha descido, porque os cachorros latiram. Ele desceu e não mais retornou. Depois disso, ninguém mais passou ali”, afirmou o investigador.

Na região, Jeferson se auto intitulava como o “cara que se dava bem com as mulheres do córrego”, fato também determinante para a autoria do crime. “As mulheres que desciam ali, ele investia, com base nos depoimentos colhidos”, acrescentou o investigador.

“Ele foi visto no local do crime, na hora do crime. Analisando essa característica da Shirlene, o laço de afetividade que ela tinha com a menina, acreditamos nessa hipótese: que ele tentou investir em Tauane, mas a mãe foi morta ao defendê-la”, destacou Peralva.

Na Bahia

Um dia antes da localização dos corpos, em 19 de dezembro Jeferson avisou aos familiares que iria passar o Natal na Bahia e voltaria em 10 dias, mas não retornou. De acordo com o Metrópole, ele ligou diversas vezes para os parentes chorando e pedindo para que rezassem por ele, demonstrando que tinha algo de errado.

Em entrevista, o delegado Thiago Peralva informou que ele teria viajado para Mansidão. Alguns áudios que circularam em grupos de mensagens no WhatsApp dizem que a mãe dele é da localidade Juaí na zona rural do município do Oeste da Bahia.

O homem tem passagem pela polícia do DF por lesão corporal e já foi vítima de tentativa de latrocínio. 

“Toda a postura dele após o crime demonstra que teve envolvimento na morte delas. Agora, como realmente aconteceu de fato, isso só ele poderá dizer”, frisou o delegado. Jeferson vai responder pelos crimes de homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver.

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