Transição para uma economia de baixo carbono no Brasil será regulamentada

O crédito de carbono é gerado a cada tonelada não emitida de gases de efeito estufa (GEE) e, para maior credibilidade, uma empresa que deseja ingressar nesse mercado promissor pode verificar seu relatório de emissões com um organismo certificador acreditado. Com a regulação do mercado de carbono no Brasil, surgiram dois mercados: o voluntário e o regulado, que vai tratar principalmente dos grandes poluidores.

De acordo com dados do Relatório Anual da CCS Brasil, o país possui potencial de capturar cerca de 200 milhões de toneladas de carbono por ano, número que representa 12% de todas as emissões do país.

O mercado de crédito de carbono tem ganhado destaque como uma ferramenta para mitigar as mudanças climáticas e preservar a Amazônia. “A Amazônia desempenha um papel fundamental na regulação do clima, na biodiversidade e na manutenção dos recursos hídricos. Além disso, a floresta amazônica também é um importante estoque de carbono, que se liberado contribuirá significativamente para o aumento das emissões de gases de efeito estufa”, salienta Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News.

De acordo com Fernando Beltrame, CEO da Eccaplan Consultoria e Sustentabilidade, “o crédito de carbono funciona como dinheiro ou ação criado para ajudar a viabilizar financeiramente projetos de tecnologia limpa, preservação ou recuperação florestal ou agricultura regenerativa. Quando uma empresa ou pessoa física quer compensar 10 toneladas de CO2 emitidas durante a sua operação ou viagem, ela pode comprar 10 créditos de carbono de um projeto ambiental certificado. Este recurso ajuda a subsidiar e viabilizar o projeto ambiental”, explica o CEO da Eccaplan.

A regularização do Mercado de Carbono Brasileiro representa um passo importante na direção da compensação de emissões de gás carbônico no Brasil. O Projeto de Lei 412/2022 aprovado, por unanimidade, na Comissão de Meio Ambiente do Senado, no dia 4 de outubro, seguiu para discussão na Câmara dos Deputados. No dia 23 de novembro, será realizada na Comissão de Desenvolvimento da Câmara uma audiência pública para avançar o debate do projeto e fornecer subsídios para a implementação de outros projetos sobre o tema.

“Todos os tipos de empresas que querem reduzir as emissões de GEE podem obter benefícios deste mercado. Para participar é necessário calcular, primeiramente, a pegada de carbono da organização. A partir dela é possível traçar estratégias para reduzir as emissões, resultando em créditos para sua comercialização”, relata Vininha F. Carvalho.

 

 

 

DINO

Publicado por
DINO

POSTAGENS RECENTES

Oficial de Justiça aposentado é encontrado morto na zona rural de Santa Rita de Cássia

Um oficial de justiça aposentado, identificado como João Alves Nunes, de 66 anos, foi encontrado…

% dias atrás

Ambulâncias fazem fila no Hospital do Oeste em espera por vagas para pacientes

Fila de ambulâncias em frente ao Hospital do Oeste (HO), em Barreiras, nos últimos dias,…

% dias atrás

Polícia prende suspeita de matar companheiro no Oeste da Bahia

A Polícia Civil da Bahia prendeu, na quinta-feira (5), uma mulher suspeita de matar o…

% dias atrás

Polícia desarticula grupo suspeito de roubo de grãos no Oeste da Bahia

Operação Ipiranga da Polícia Civil de Luís Eduardo Magalhães, desarticula grupo criminoso suspeito de roubo…

% dias atrás

Acidente na Estrada Aeroporto deixa dois feridos em Barreiras

Dois homens ficaram presos às ferragens após um acidente no final da tarde de quinta-feira…

% dias atrás

YouTube fora do ar? Usuários relatam instabilidade

YouTube fora do ar? A plataforma de vídeos do Google apresentou instabilidade nesta sexta-feira (6),…

% dias atrás

This website uses cookies.