Transposição do rio Tocantins para o rio Preto opõe Ciro e sua vice, Kátia Abreu

O projeto de transposição que prevê a interligação entre o rio Tocantins e o rio Preto, em Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia, divide as opiniões do candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e a vice da chapa, Kátia Abreu (PDT). 

Como ministro da Integração Nacional do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2003 e 2006, Ciro tocou o projeto de transposição do rio São Francisco e coordenou os primeiros estudos sobre a viabilidade de uma obra semelhante no rio Tocantins.

Foto: Rio Preto por Allan Lustosa

A ação reeordenaria o curso do rio Preto, que nasce no município de Formosa do Rio Preto, extremo oeste da Bahia e afluente do rio Grande que desemboca no rio São Francisco na altura do município de Barra (BA) por meio de canais e de uma série de estações elevatórias no rio do Sono, afluente do rio Tocantins. Ao chegar ao Senado, contudo, a proposta acabou sendo arquivada após parecer contrário da senadora Kátia Abreu.

De acordo com a Folha de S.Paulo, em sua manifestação, Abreu afirmou que o rio Tocantins vem enfrentando condições hidrometeorológicas desfavoráveis, com vazões e chuvas abaixo da média.

 

“Embora reconheçamos a gravidade do problema que a baixa vazão do São Francisco traz para a população nordestina, não podemos solucioná-lo ao custo da morte do rio Tocantins —esse não tem volume nem vazão suficientes para suportar uma transposição”, falou a senadora.

 

Apesar de se já ter se mostrado radicalmente a favor da projeto, Ciro Gomes adota tom de cautela atualmente sobre o assunto. Questionado pela reportagem a cerca de sua posição sobre a transposição, o candidato afirmou que o projeto é viável, mas não há necessidade iniciá-lo agora.

 

“É perfeitamente praticável do ponto de vista técnico. Mas o São Francisco, como está hoje, é suficiente para garantia do abastecimento humano —que é o nosso maior compromisso— pelos próximos 20 anos”, declarou. 

 

 

O Projeto

As primeiras estimativas apontam que a obra custaria cerca de R$ 5 bilhões e tem engenharia complexa, já que terá de atravessar ou contornar a Serra Geral de Goiás, no Tocantins, para chegar à Bahia.

O projeto que incluiu a transposição do rio Tocantins no Plano Nacional de Viação, de autoria do deputado federal Gonzaga Patriota (PSDB), foi aprovado no ano passado pela Comissão de Infraestrutura da Câmara dos Deputados.

Com informações do Bahia Notícias

 

 

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