“Como a narrativa não se subjetiviza nele, não sabemos o que pensa O Língua, porque aceita estar entre os brancos, com relativa deferência, atuando como homem de confiança de qualquer lado, uma vez que pode fazer traduções durante conflitos e outros momentos de tensão. É, afinal, um traidor, questão comum para a tradução de maneira geral.
Durante a leitura, foi interessante acompanhar O Língua quando jovem, depois longe de seu povo, depois entre os brancos e, enfim, miserável, até encontrar sua mãe, mesmo sem se lembrar muito bem dela.“
Há um tipo de leitura que me incomoda profundamente: as que não fiz ou, mais ainda, as que não tivemos chance de fazer coletivamente, em massa.
Alguns livros me parecem tão necessários que chego a lamentar que não alcancem algum público mais vasto ou que existam tão discretamente. Outras obras nem são tão discretas assim, mas me incomodam porque serão ou foram lidas por menos gente do que seria desejável e importante.
O Língua, de Eromar Bomfim, me deixou com esse amargor na boca, o de ser um livro que me pareceu amplamente necessário, já que dá à nossa imaginação.
Ana Elisa Ribeiro, mineira, autora de livros de poesia, conto e crônicas, sobre o livro o Língua, do escritor formosense Eromar Bomfim.
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Atualizado em 10 de setembro de 2025 às 18h04
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