Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O portal UOL com ampla reportagem diz que Polícia Federal apontou a participação do deputado federal Elmar Nascimento (União) em suposto esquema de fraude a licitações e desvio de recursos públicos na Bahia. As informações constam em relatório da Operação Overclean, que investiga ainda superfaturamento e corrupção em contratos de limpeza urbana e pavimentação em municípios do interior do estado. As informações são do UOL.
Segundo aponta a reportagem, a possível ligação do parlamentar se deu por meio do envio de emendas para Campo Formoso, na Bahia, cidade governada por seu irmão, o prefeito Elmo Nascimento (União). A prefeitura teria firmado dois contratos suspeitos, no valor de R$ 51 milhões, com a empresa Allpha Pavimentações, pertencente aos investigados Alex e Fábio Parente.
De acordo com reportagem do UOL, baseada em documentos da PF, licitações teriam sido fraudadas pelo vereador Francisco Nascimento, primo do deputado. À época secretário-executivo da prefeitura, ele foi flagrado em conversas com o responsável pela licitação buscando favorecer os empresários.
Conforme o portal, o relatório também menciona uma planilha apreendida com Alex Parente, que registra repasses de R$ 493 mil a Amaury Albuquerque Nascimento, primo e assessor de Elmar Nascimento. Outro ponto investigado é a compra de um apartamento para a filha do empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, um dos principais investigados.
O caso seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o ministro Nuno Marques rejeitou medidas contra o deputado, acompanhando a avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que não havia elementos suficientes para ações contra o parlamentar. Também foram negados os pedidos de bloqueio e afastamento de Elmo Nascimento do cargo de prefeito.
Por outro lado, foi autorizado o afastamento do então presidente da Codevasf, Marcelo Andrade, indicado por Elmar. Ele já havia deixado o cargo antes da decisão, segundo a reportagem.
Ainda de acordo com o UOL, a PF destaca que o deputado teria solicitado o envio de R$ 40 milhões para Campo Formoso via “orçamento secreto”. O valor foi liberado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional em dezembro de 2022 e usado em duas licitações de pavimentação, no total de R$ 57 milhões, em convênio com a Codevasf.
O relatório menciona ainda registros de reuniões de Elmar com investigados, incluindo Alex Parente, em Brasília, em novembro de 2022, semanas antes da liberação das emendas. Contudo, a defesa do parlamentar nega o encontro.
Além disso, a investigação identificou movimentações financeiras de Amaury Nascimento, apontadas pelo Coaf como incompatíveis com sua renda, entre abril de 2024 e janeiro de 2025.
Em nota ao UOL, a defesa de Elmar classificou os indícios como “frágeis”, citando que a própria PGR se manifestou contra medidas contra o deputado. Os advogados afirmam que:
A defesa reforça que Elmar desconhece qualquer relação de seu assessor Amaury com os fatos investigados.
Procurada, a Codevasf declarou que “mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de suas ações”, e continuará colaborando com as autoridades.
A reportagem informa que a Prefeitura de Campo Formoso, a empresa Lumax e o vereador Francisco Nascimento não se manifestaram até a publicação.
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