Em operação deflagrada hoje (30) pela Polícia Federal visando combater crimes eleitorais cometidos em 2016, são alvos além de um vereador de Vitória da Conquista, estão envolvidos no esquema um ex-presidente da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, o assessor de um deputado federal, um ex-deputado estadual da Bahia, assessores, o ex-diretor do 4º Ciretran de Vitória da Conquista, membros da empresa que administra o novo presídio de Vitória da Conquista, sócios administradores do consórcio Zona Azul, além de outras pessoas.
Vinte e nove mandados de busca e apreensão, 23 mandados de medida cautelares, 61 mandados de intimação, deverão ser cumpridos por mais de 100 policiais federais nas cidades de Vitória da Conquista, Wenceslau Guimarães, Lauro de Freitas, Itabuna e Salvador, além de Cuiabá (MT) e na cidade do Rio de Janeiro.
A operação decorre de uma investigação iniciada em 2017 pela Delegacia de Polícia Federal em Vitória da Conquista (BA), sobre o crime de corrupção eleitoral e falsidade durante a eleição de 2016, em que um vereador, então candidato, oferecia empregos no novo presídio de Vitória da Conquista, que estava prestes a ser inaugurado, em troca de apoio na campanha e de votos.
A investigação desvendou ainda que a organização criminosa instalada se utilizou da estrutura de outros órgãos públicos, como o Detran e a Zona Azul, para o mesmo fim, bem como omitiu receitas e falsificou recibos entregues na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Os investigados se serviram de pelo menos duas empresas de “fachada” para emissão de notas “frias”, que eram utilizadas para a prestação das contas.