A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) foi palco de uma briga generalizada entre deputados na tarde desta terça-feira (18), na capital baiana. A confusão começou durante a discussão do polêmico Projeto de Lei 1904/2024, que propõe endurecer as medidas contra o aborto, equiparando a prática à pena de homicídio.
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A Olívia Santana (PCdoB) usou a tribuna para criticar o PL do Aborto. Durante seu discurso, a deputada comparou os defensores do projeto a estupradores, gerando uma reação imediata do deputado bolsonarista Diego Castro (PL). Castro rebateu a acusação, afirmando que “estupradores são vocês”. O comentário inflamou ainda mais os ânimos no plenário. Veja vídeo:
Discussão sobre PL do Aborto causa briga entre deputados na Bahia
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Marcelino Galo (PT), em defesa de sua colega de partido, iniciou uma discussão com Diego Castro, que imediatamente evoluiu para agressões físicas. O deputado bolsonarista Leandro de Jesus (PL) também se envolveu na briga, intensificando a confusão.
De acordo com o Bahia Notícias, Parlamentares e seguranças atuaram para conter os deputados envolvidos na briga. O 1º vice-presidente da AL-BA, Zé Raimundo (PT), que presidia a sessão, precisou interromper os trabalhos por 15 minutos para que os ânimos se acalmassem.
Declarações dos Envolvidos
Durante seu discurso, Olívia Santana leu manchetes de jornais sobre casos recentes de violência contra mulheres e criticou os deputados bolsonaristas por não se manifestarem contra esses crimes. “Não vejo deputados bolsonaristas, que ficam dando indiretas para mim, subir na tribuna para falar desse comportamento horroroso, nefasto, patriarcal, misógino e destrutivo”, declarou Olívia.
Diego Castro, por sua vez, solicitou à mesa a retirada das notas taquigráficas, a fala de Olívia, alegando que ela associou os deputados bolsonaristas à apologia ao estupro.
“Eu solicito à mesa que retire das notas taquigráficas os termos indiretamente listados pela deputada, que associa o bolsonarismo, os deputados bolsonaristas, com apologia ao estupro”, disse o deputado. Após o pedido negado, a confusão aumentou e culminou na briga física. Em nota, Diego Castro afirmou que está estudando as medidas que serão tomadas e prometeu acionar o Conselho de Ética da AL-BA.
O deputado Marcelino Galo, no entanto, não respondeu às solicitações de jornais da capital baiana.