Vídeo: ruralista do Oeste da Bahia pede desculpas por pedir demissão de quem não votar em Bolsonaro

Após divulgar um vídeo em seu perfil no Instagram em que orienta outros ruralistas que “demitam sem dó” os funcionários que votarem em Lula (PT), a socialite ruralista Roseli Vitória Martelli D’Agostini divulgou outro nesta quarta-feira (21), em que pede desculpas e se retrata.

Ela mesma lembra na gravação, em que aparece lendo, que “assédio eleitoral é crime, nenhum empregador, seja ele do agro ou de qualquer outro setor tem o direito de intervir no voto de seus empregados”.

Também não e admissível que uma entidade de classes oriente seus associados a votar ou não votar em determinado candidato. O trabalhador que se sentir coagido a votar ou deixar de votar deve denunciar o caso ao Ministério Público do Trabalho e o empregador que cometer essa ilegalidade deverá responder judicialmente por esse ato. O voto é livre”, encerra.

Demitam sem dó

“Façam um levantamento. Quem for votar no Lula, demitam, e demitam sem dó, porque não é uma questão de política, é uma questão de sobrevivência. E você que trabalha com o agro e que defende o Lula, faça o favor, saia também”, bradou a socialite, que é sócia da empresa que emprega em 100 e 199 funcionários e presidenta da Associação de Produtores Rurais do Alto Horizonte.

Alvo do MP

A socialite ruralista Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins, dona da Imbuia Agropecuária na cidade de Luiz Eduardo Magalhães, no interior da Bahia, é apoiadora de Bolsonaro e virou alvo do Ministério Público do Trabalho (MPT) por conta do vídeo.

Em nota, o MPT baiano diz que foi aberto um inquérito civil para investigar a possível ocorrência de assédio eleitoral em declarações publicadas nas redes sociais pela ruralista.

“O caso foi enquadrado como assédio eleitoral, que é o conjunto de atitudes do empregador no sentido de induzir os trabalhadores a votar ou deixar de votar em um candidato nas eleições”, diz o MPT.

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