A VoePass encerrou a linha aérea entre Barreiras no Oeste do estado e a capital Salvador. Outras cidades que recebiam voos regulares, também foram afetadas com a decisão da companhia aérea. Agora, o oeste baiano, uma potência agrícola da Bahia, fica ainda mais isolado. O último voo ocorreu no sábado, 30 de março. Recentemente houve uma reação da sociedade civil em favor do aeroporto de Barreiras (leia abaixo).
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Além de Barreiras, cidades como Guanambi, Lençóis, Paulo Afonso, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista deixam de ficar conectados com a capital pela companhia. A VoePass realizava os voos em parceria com a Latam.
Em nota oficial divulgada em fevereiro, a VoePass informou que “por motivos estratégicos de reestruturação de sua malha aérea, suspenderá, a partir de abril de 2024, algumas de suas operações atuais, incluindo alguns destinos realizados no Estado da Bahia”.
Em Barreiras, apesar da suspensão do voo para Salvador, a companhia manteve a operação para Brasília.
Decola Oeste
Com promessas de ampliação e aparelhamento, o aeroporto de Barreiras, vive o descaso de autoridades do estado e do governo federal, há mais de uma década. O sucateamento parece uma ideia proposital, ainda que a região seja uma das mais relevantes do país, com uns dos maiores PIB’s d agronegócio.
Em 2012, o Governo Federal delegou o aeroporto ao governo baiano, transferindo a responsabilidade de investimentos e sua administração. Naquele ano, recebeu um caminhão do Corpo de Bombeiros, que permitia a operação de voo à jato, mas equipamentos e certificação para voos de grande porte, jamais foram homologadas.
Já no ano de 2018, o Governo da Bahia realocou o caminhão para outra cidade. Assim, ele passou a operar somente com aeronave turbo-hélice, tornando o aeroporto comercial menos equipado do estado.
Ainda assim, em 2015, o aeroporto bateu recorde com a movimentação de 120 mil passageiros/ano.
Também em 2018, o Governo Federal e o baiano assinaram um acordo para investimentos em torno de R$ 45 milhões para ampliação e modernização. Já em 2021, a Seinfra, órgão de infraestrutura estadual, contratou a Egis Engenharia para elaboração do projeto básico ao custo de quase R$ 1 milhão. Mas três anos depois, o projeto segue em análise na Secretaria de Aviação Civil, com o contrato no 6º aditivo.
Agora, entidades, empresários e moradores iniciaram uma campanha intitulada Decola Oeste, em favor do Aeroporto Regional de Barreiras, que leva o nome do ex-bisco Dom Ricardo Weberberger.
Realizado pela Comissão da Paz, núcleo representativo das entidades, associações, institutos e sociedade civil organiza da maior cidade da região, o evento de lançamento do movimento ocorreu em 29 de fevereiro, no Auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Barreiras.
Sabe pq saiu? ICMS de combustivel nas alturas, Latam também reduziu a oferta de voos para o estado.