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A Pesquisa Nacional de Amostra dos Domicรญlios (PNAD), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE concluiu que o desemprego cresceu mais entre os pretos do que entre os brancos no segundo trimestre de 2020 no Brasil. O perรญodo foi integralmente afetado pela pandemia do novo coronavรญrus.
A taxa de desocupaรงรฃo entre a populaรงรฃo preta chegou a 17,8%, contra 15,2% jรก constatado no primeiro trimestre.
Jรก entre os brancos, a taxa variou de 9,8% para 10,4%. Dentre os autodeclarados pardos, a variaรงรฃo foi de 14% para 15,4%. A pesquisa conclui que a diferenรงa das taxas entre pretos e brancos alcanรงou o maior recorde histรณrico.
O levantamento tambรฉm usou como critรฉrio de avaliaรงรฃo o nรญvel de escolaridade. Os brasileiros sem instruรงรฃo e com menos de um ano de estudo foram de 9,6% no primeiro trimestre a 13,1% em junho. Aqueles com ensino mรฉdio incompleto, a taxa de desocupaรงรฃo cresceu de 20,4% a 22,4%. Outra conclusรฃo รฉ de que os trabalhadores mais estudados, com ensino superior completo, foram menos atingidos, com variaรงรฃo indo de 6,3% a 6,4%.
Sob o recorte de gรชnero, a conclusรฃo รฉ de os homens sofreram impacto menor que as mulheres. Homens 12% contra 14,9% das mulheres durante a pandemia.
Jรก entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, o รญndice (29,7%) apresentou patamar elevado em relaรงรฃo ร taxa mรฉdia total no paรญs. O maior ficou entre os menores de idade (42,8%). O menor, entre os idosos (60 anos ou mais), com 4,8%.
A mรฉdia de desemprego no paรญs chegou a 13,3% no trimestre encerrado em junho, segundo dados publicados pelo IBGE. Os nรบmeros nรฃo refletem o tamanho da crise, segundo especialistas.
