Com despesas anuais em torno de três milhões de Reais, a Bahia é o estado que mais gasta com o auxílio-moradia de deputados estaduais.
O valor pago a cada deputado estadual é de R$ 4.028,00 mensais, mesmo para o ex-presidente da Assembleia Legislativa entre os anos de 2007 a 2016, Marcelo Nilo, hoje no PSB, que é dono de cinco apartamentos em Salvador e mora no Horto Florestal, um dos metros quadrados mais caros da Capital da Bahia. Já seu sucessor no cargo, o deputado estadual Angelo Coronel (PSD) , agora eleito senador, é dono de uma casa avaliada em 4 milhões de Reais.
O benefício deve ser mantido na próxima legislatura mesmo diante do agravamento da situação financeira que fez com que o Governador Rui Costa, instituísse um pacote de austeridade que inclui extinção e privatização de estatais, além do aumento da alíquota da Previdência paga pelos funcionário públicos da Bahia, aprovado pela mesma Assembleia que não corta no próprio bolso os benefícios. Na contramão do corte de gastos, a própria Casa pediu uma suplementação de R$ 80 milhões no orçamento este ano.
“É claro que enfrentamos um momento difícil da economia. Acredito que, se os deputados assim quiserem, a Assembleia pode seguir a tendência nacional e extinguir o benefício na próxima gestão”, afirma Coronel.
Em Minas Gerais o benefício é de R$ 4.337 e gera custo anual de R$ 2,1 milhões. Em Santa Catarina, o gasto anual chega a R$ 2,1 milhões. De 40 deputados estaduais, apenas Padre Pedro Baldisserqa (PT) abriu mão do auxílio-moradia mensal de R$ 4.377.
Já a Assembleia Legislativa de Rondônia é a que paga maior benefício mensal: são R$ 5.000 por mês para cada um dos 24 deputados estaduais, num custo anual de R$ 1,44 milhão.
