Depois de destinar 60 toneladas de alimentos para as vítimas das fortes chuvas que deixaram um rastro de destruição nas regiões Sul e Sudeste da Bahia, os cotonicultores do Oeste do estado, através da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), doaram 1000 lençóis e 800 toalhas de banho, 100% algodão, para as famílias que perderam tudo com as enchentes. A iniciativa atendeu ao pedido da Secretaria Estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), que recebeu, na terça-feira (12), a primeira remessa com os donativos. Esta é mais uma das diversas contribuições da Abapa em situações de crise ou calamidade pública, como ocorreu nos anos de seca, entre 2013 e 2016, e no auge da pandemia da Covid-19.
“Exceto no caso da Covid, em que doamos uma grande quantidade de equipamentos médicos, EPIs e montamos, inclusive, um laboratório de testagem na região, sempre buscamos contribuir com aquilo que, direta ou indiretamente produzimos, sejam alimentos ou produtos de algodão, como toalhas, lençóis e roupas. Estamos sempre dispostos a agir com presteza quando a sociedade e as circunstâncias exigem”, afirma o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.
Para a superintendente de Inclusão e Segurança Alimentar, Rose Pondé, responsável pela intermediação entre a Abapa e a SJDHDS, a solidariedade é uma característica da população baiana, e, em especial, dos agricultores.
“O estado da Bahia é voluntário. Nosso povo se sensibiliza com a dor do outro e presta gestos de solidariedade. Quando os parceiros da Abapa decidem fazer essa doação às pessoas que nem conhecem, é possível notarmos o exercício do amor ao próximo”, enfatizou Rose Pondé.
A campanha é uma iniciativa do Governo da Bahia que segue até o próximo dia 20 de janeiro, na SJDHDS. Mobilizações em diversas secretarias e órgãos do estado estão sendo realizadas, para a arrecadação de alimentos não perecíveis, material de higiene e limpeza, roupas de cama e banho, além de utensílios para o lar, que serão distribuídos nos municípios afetados pelas chuvas.
Bergamaschi finaliza, dizendo que este é um momento em que todos devem caminhar na mesma direção, a da solidariedade. “Isso vale para os cidadãos, governos ou empresas, cada um contribuindo com aquilo que pode e com o que sabe de melhor”, pontua.