ACM Neto deu início nesta quinta-feira (24) a uma nova rodada de visitas pelo interior da Bahia, reforçando sua intenção de disputar mais uma vez o comando do governo estadual. O primeiro destino da agenda é Ilhéus, no Sul do estado, logo após uma passagem recente por Santo Estêvão, no final de semana.
Em outras palavras, o ex-prefeito de Salvador retoma sua estratégia de contato direto com lideranças locais e com o eleitorado, tentando manter viva sua presença no cenário político baiano. O movimento, no entanto, acontece em meio a um momento delicado para seu grupo político.
Desafios dentro e fora do grupo de oposição
Enquanto ACM Neto volta à estrada, seu grupo enfrenta dificuldades internas. Parte dos antigos aliados migra, pouco a pouco, para o campo governista, comandado pelo PT na Bahia — partido que conta com a liderança consolidada de Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues.
Por outro lado, a leitura política feita por alguns observadores é de que as derrotas anteriores deixaram marcas. Há quem afirme que, em 2018, faltou ousadia a Neto para enfrentar o projeto petista. Já em 2022, teria faltado humildade para compor alianças mais amplas. Agora, dizem, o desafio será reunir apoios consistentes.
Caminho até 2026 segue incerto
Ainda que Neto mantenha forte recall e articulações em diversas regiões, o cenário até 2026 é considerado instável. O fortalecimento do atual governo estadual e a permanência da aliança petista em Brasília podem dificultar seu avanço.
Enquanto isso, o ex-prefeito de Salvador aposta na proximidade com o povo, em discursos alinhados com temas regionais e no desgaste natural de gestões prolongadas como oportunidade de retorno ao páreo.
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