

Fila de ambulâncias em frente ao Hospital do Oeste (HO), em Barreiras, nos últimos dias, estão chamando a atenção da população. Em vídeos que começaram a circular nas redes sociais, na quinta-feira (5), é possível ver várias ambulâncias enfileiradas na unidade. De acordo com moradores, a fila já chegou a ter até dez veículos e a espera para conseguir a internação dos pacientes.
O Portal do Cerrado apurou com motoristas em Barreiras, que a maior demanda é para acidentados, enquanto para crianças e idosos, tem um atendimento priorizado. Um dos motoristas sugeriu que o número de crianças com bronquiolite é grande.
No final de maio, o próprio HO já demonstrava preocupação com o aumento de casos de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), caracterizado por inflamação severa dos pulmões. Segundo a Sesab, até a primeira quinzena de maio deste ano, quatro óbitos já haviam sido registrados – entre eles o de uma jovem paciente no início deste mês – e 127 casos notificados pelo Hospital.
“Não teria vaga na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] do Hospital do Oeste. De fato, o hospital tem UTI. O que não tem é vaga em decorrência da demanda”, disse a advogada Maria Adail, em entrevista à rádio Oeste FM, conforme apontou o jornal Correio.
Resposta ao jornal
Em nota ao Correio, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que a demora no tempo de admissão dos pacientes transportados pelas ambulâncias é resultado do aumento do atendimento na unidade. “A alta demanda, agravada pelo aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), fez com que o tempo de admissão de pacientes ficasse acima da média”, apontou o órgão.
As Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que administram a unidade, revelaram ainda que ela se encontra em estado de “superlotação”. “Situação agravada pelo aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, concordaram.
Tanto a Osid quanto a Sesab acrescentaram que o hospital é o único complexo de saúde referência na assistência de alta complexidade na região e atende pacientes de 36 municípios. Completaram informando, em ambas as notas, que o HO “permanece atendendo os pacientes em sua totalidade, mobilizando esforços para prestar uma assistência multiprofissional qualificada e humanizada, bem como o acesso aos recursos necessários para o diagnóstico e tratamento”.
Com o Correio e Blog Braga
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