O cortejo cívico em comemoração aos 195 anos de Independência da Bahia, comemorados no dia 02 de julho, será antecipado por conta do jogo do Brasil na Copa do Mundo, marcado para as 11h00. Após a solenidade em frente ao panteão, segue em caminhada pelas ruas do Centro Histórico de Salvador.
Evento que marca a data de expulsão das tropas portuguesas da Bahia, em 1823, o desfile do Dois de Julho é marcado pela presença de dois carros alegóricos, que carregam as figuras do Caboclo e da Cabocla, representativas da resistência do povo nativo na guerra que culminou com a vitória sobre os estrangeiros
A festa é considerada um termômetro da popularidade dos políticos, especialmente num ano eleitoral como 2018, o desfile cívico-popular do Dois de Julho contará com a participação de todos os candidatos ao governo baiano, devidamente respaldados por grupos de seguidores. Os presidenciais Manuela D´Avila do PCdoB, Boulos do Psol e Ciro Gomes do PDT também confirmaram que estarão na Bahia.
Em outra cerimônia marcada para as 15h, no 2º Distrito Naval, no bairro do Comércio segue para o bairro do Campo Grande por volta das 16h, quando ocorre a execução dos hinos nacional e da Bahia e o acendimento da pira com a tocha, que percorreu diversas cidades do Recôncavo Baiano.
Independência da Bahia
A Independência da Bahia foi um movimento que, iniciado em 19 de fevereiro de 1822 e com desfecho em 2 de julho de 1823 , motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, terminou pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, durante a Guerra da Independência do Brasil .
Aderira a cidade de São Salvador da Bahia à Revolução Liberal do Porto de 1820 e, com a convocação das Cortes Gerais em Lisboa, em janeiro do ano seguinte, envia deputados como Miguel du Pin e Almeida na defesa dos interesses locais. Divide-se a cidade em vários partidos, o liberal unindo mesmo portugueses e brasileiros, interessados em manter a condição conquistada com a vinda da Corte para o país e de Reino Unido, e os lusitanos interessados na volta ao estado de antes.
Dividem-se os interesses, acirram-se os ânimos: de um lado, portugueses interessados em manter a província como colônia, dos outros brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se unem, finalmente, no interesse comum de uma luta que já se fazia ao longo de quase um ano, e que somente se faz unificada com a própria Independência do Brasil a partir de 14 de junho de 1822, quando é feita na Câmara da vila de Santo Amaro da Purificação a proclamação que pregava a unidade nacional, e reconhecia a autoridade de D. Pedro I.
Na Bahia a luta pela Independência veio antes da brasileira, e só concretizou-se quase um ano depois do 7 de setembro de 1822:
Ao contrário da pacífica proclamação às margens do riacho Ipiranga, só ao custo de milhares de vidas e acirradas batalhas por terra e mar emancipou-se de Portugal, de tal modo que o Hino da Bahia afirma ter o sol que nasceu ao 2 de julho brilhado mais que o primeiro.
Fonte: Wikipedia | Ascom – Governo da Bahia