Após missa Igreja é notificada em Formosa do Rio Preto

A Prefeitura de Formosa do Rio Preto, através da Vigilância Sanitária, notificou ontem o padre José Dutra da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, após realização da tradicional missa do Divino Espírito Santo no domingo (23). Segundo o órgão fiscalizador, pelo descumprimento do Decreto Municipal nº 42 publicado no Diário Oficial do município no último dia 17 que suspende o funcionamento de igrejas e templos religiosos.

Apesar da notificação, a Secretaria da Saúde e a Vigilância Sanitária, assinaram um Termo de Compromisso liberando a realização da missa com transmissão ao vivo, seguindo protocolos de segurança como o uso obrigatório de máscaras, portas fechadas para evitar acesso de fiéis e presença somente de 10 pessoas responsáveis pela celebração entre outros termos como a não divulgação do local da realização da transmissão. Segundo o Termo, a encarregada dos festejos se responsabilizaria pelo cumprimento das medidas sanitárias, e em caso de descumprimento, seria punida com multa, juntamente com a Paróquia.

Em contato com o Portal do Cerrado, o padre Dutra informou que logo que o decreto foi publicado, as atividades como novenas de preparação foram suspensas, mas foi solicitada uma autorização especial para realização da tradicional missa ao Secretário Municipal da Saúde Hildjane Leite e a Coordenadora da Vigilância Sanitária Márcia Lima, o que foi negado. Em seguida, disse o Padre, viajou para atendimento médico em Teresina, de onde foi informado pelos encarregados de uma reunião realizada com os órgãos de saúde, autorizando a realização da missa com transmissão ao vivo, seguindo os protocolos de segurança e a celebração do termo, assinado pelo Secretário Municipal da Saúde, Hildjane Leite, pela Secretária Municipal da Cultura e Turismo, Rosilene Carvalho e pela encarregada pelos festejos Suany Oliveira.

No entanto, na notificação endereçada somente ao padre José Dutra, diz que “foi constata (sic) pelo agentes (sic) de vigilância sanitária através de um grande número de denúncias que estava havendo missa na Igreja Matriz com em média 30 pessoas no seu interior no dia 23 de maio às 18h.”

A notificação lembra do estado laico brasileiro “mas respeitamos todas as crenças e credo” diz, e acusa a igreja de fazer uma celebração com tantas pompas, fogos e portas abertas que levaram a revolta de outras igrejas e comércio da cidade, logo o trabalho e a moralidade da Vigilância Sanitária e da Secretaria de Saúde também, que sofrerão as consequências desse ato impensado e irresponsável.

Ainda segundo a notificação, o culto não foi interrompido por respeito aos líderes religiosos, atitude que também esperava da Igreja e diz que o momento vivido é sensível e inspira cuidados e que a sociedade dessa colaboração, principalmente de instituições que pregam o amor e a obediência.

Por fim, diz que torna o a notificação oficial, aplicando advertência por descumprimento do decreto municipal e por falta de zelo da igreja com a população formosense e com total desprezo pelas autoridades que orientam a não aglomeração e repudia todo ato que coloque o povo em risco e lembra as mais 449 mil vidas humanas perdidas.