Após a operação da Polícia Civil nesta terça-feira (17) em Formosa do Rio Preto, que apura desvio de milhões em recursos públicos, o prefeito Manoel Afonso (PSD) exonerou o ex-secretário municipal da Saúde Hildjane Leite, do cargo que ocupava na Secretaria de Administração. Ele também foi eleito vereador na eleição de outubro de 2024 e não está claro se a demissão dele tem relação com a operação deflagrada hoje. Hildjane até então estava lotado como Administrador de Núcleo Especial de Convênios.
Leite foi o primeiro a ocupar o cargo de Secretário Municipal da Saúde na terceira administração de Neo, assumindo a pasta no início de janeiro de 2021 e exonerado um ano depois, em janeiro de 2022, após colapso na saúde municipal. Ainda em 2021 o então secretário foi convocado pela Câmara de Vereadores para explicar o sistema de saúde pública municipal precarizado durante os primeiros meses da terceira administração de Neo.
No lugar dele assumiu João Rocha Mascarenhas, que também não foi capaz de direcionar as melhorias necessárias, quando então explodiu o escândalo das transvaginais, que culminou na Operação USG desta terça. Ele perdeu o cargo em setembro de 2024, para dar lugar a Edna Cristina, que manteve o mesmo ritmo e sem elevar a qualidade dos serviços em uma das secretarias mais importantes do município e com orçamento milionário.
Operação USG
A Operação USG investiga milhões em supostos desvio de recursos públicos na prefeitura de Formosa do Rio Preto e foi deflagrada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor).
As ações dos policiais civis da Deccor/Draco visam desarticular um esquema de desvios de verbas públicas, fraudes em licitações e contratações, entre outros crimes decorrentes de irregularidades na execução de contratos de serviços médicos, praticados por uma associação criminosa composta por servidores do município de Formosa do Rio Preto, com desdobramento em duas cidades do Sul do Piauí. Conforme as investigações, os crimes de corrupção já somam um prejuízo de R$ 12 milhões aos cofres públicos municipais.
O escândalo ganhou a manchete dos principais jornais do país e as mais variadas redes de TV, inclusive da maior emissora do Brasil.
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