A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que a desaprovação ao governo Lula caiu de 53% para 51%, enquanto a aprovação subiu de 43% para 46%. A margem de erro é de 2 pontos. Esse é o menor intervalo entre aprovação e rejeição desde janeiro de 2025, quando havia empate técnico.
Na avaliação geral, 39% classificam o governo como ruim ou péssimo, 31% como positivo e 27% como regular. Logo, a percepção segue majoritariamente negativa.
Segmentos onde Lula tem mais apoio
A aprovação cresce entre grupos específicos:
- Beneficiários do Bolsa Família – 60% aprovam;
- Moradores do Nordeste – 60% aprovam;
- Pessoas com renda até 2 salários mínimos – 55% aprovam;
- Católicos – 54% aprovam;
- Eleitores de Lula em 2022 – 79% aprovam.
Já entre os mais escolarizados e de maior renda, a rejeição é predominante. Entre quem tem ensino superior, 56% desaprovam o governo. Entre famílias com renda acima de 5 salários mínimos, 60% rejeitam Lula.
Diferenças regionais e por idade
- Sul: maior rejeição, com 61% desaprovando e 38% aprovando;
- Sudeste: 55% desaprovam e 42% aprovam;
- Centro-Oeste e Norte: índices próximos, em empate técnico;
- Jovens (16 a 34 anos): 54% desaprovam e 43% aprovam;
- Idosos (60 anos ou mais): aprovação chega a 55% e desaprovação cai para 42%.
Reação ao tarifaço dos EUA
A Quaest também mediu a percepção sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Para 64%, o tarifaço vai aumentar o preço dos alimentos.
Outros 67% defendem negociação com os EUA. Já 48% consideram correta a atuação de Lula e do PT diante da crise, enquanto 46% avaliam que o presidente está lidando mal com o episódio.
A desaprovação também atinge a oposição: 55% reprovam a postura de Jair e Eduardo Bolsonaro no tema.
Entre os que votaram em branco, nulo ou se abstiveram em 2022, a desaprovação caiu de 61% para 57%, e a aprovação subiu de 31% para 39%. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 92% continuam reprovando o governo, de acordo com a pesquisa.
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