

A montadora chinesa BYD (Build Your Dreams) apresentou nesta terça-feira (1º) os primeiros veículos montados no complexo fabril de Camaçari, na Bahia. A planta, na Região Metropolitana de Salvador, marca o início da produção local de carros elétricos e híbridos no estado da Bahia, com previsão de nacionalização de até 80% dos componentes até 2030.
Durante visita de autoridades, executivos e jornalistas ao local, a empresa destacou três modelos que lideram essa fase inicial: Dolphin Mini, Song Pro (GL/GS) e King (GL/GS). Segundo Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil, o preço do Dolphin Mini pode cair de R$ 122 mil para R$ 119 mil com a montagem nacional.
Investimentos bilionários e geração de empregos
O complexo fabril, construído no terreno antes ocupado pela Ford, recebeu um investimento de R$ 5,5 bilhões. A estrutura da fábrica contempla três unidades e já começou a operar no sistema SKD (Semi Knocked-Down). A princípio, a previsão é evoluir para produção totalmente nacional, com estampagem, soldagem e pintura no local.
Além disso, a BYD anunciou a criação imediata de 508 empregos diretos e mais 3 mil novas vagas que serão abertas até o final de 2025. Durante o lançamento, o secretário estadual Augusto Vasconcelos destacou o impacto positivo da unidade para a economia local.
A empresa também revelou a homologação de 106 empresas brasileiras como fornecedoras, incluindo a Continental Pneus de Camaçari. De acordo com o g1, a primeira oficialmente qualificada para integrar a cadeia produtiva da montadora.
Tecnologia, sustentabilidade e produção local
A fábrica inicia sua operação com capacidade anual de 150 mil veículos, podendo chegar a 300 mil unidades na segunda fase. Um dos destaques tecnológicos é o desenvolvimento do motor híbrido flex 1.5 DM-i, feito em parceria entre cientistas brasileiros e chineses. O propulsor será capaz de rodar com gasolina, etanol e eletricidade, unindo eficiência energética à sustentabilidade.
Além de automóveis, o polo industrial da BYD também vai produzir caminhões, chassis para ônibus e insumos para baterias, como lítio e ferro fosfato. O projeto posiciona a Bahia como referência na transição energética da mobilidade nacional.
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