A colheita da soja 2024/25 na Bahia começou com perspectivas otimistas para os produtores. Dos 2,1 milhões de hectares cultivados, cerca de 35 mil hectares já foram colhidos, o que representa 1,5% da área total. Além do avanço no campo, a safra reflete o uso de tecnologia avançada, boas práticas agrícolas e um forte monitoramento fitossanitário.
Expansão da área plantada e boas condições climáticas
De acordo com Moisés Schimdt, presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a colheita segue o ritmo do ano passado, mas deve ganhar intensidade nos próximos dias. Houve um aumento de 8% na área cultivada, tanto em lavouras de sequeiro quanto irrigadas.
“As condições climáticas estão mais favoráveis, e a produtividade média deve chegar a 67 sacas por hectare. Esse desempenho reflete o alto nível técnico dos produtores e o suporte especializado no campo”,
afirmou Schimdt.
A semeadura começou excepcionalmente entre 25 de setembro e 7 de outubro, autorizada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para uma área de 111 mil hectares. O restante dos produtores iniciou o plantio em 8 de outubro, concluindo dentro do prazo regulatório, em 31 de dezembro.
Monitoramento fitossanitário fortalece a produção
A sanidade das lavouras tem sido um diferencial para a produção de soja na Bahia. Com um controle rigoroso, a Aiba, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e outras entidades garantem a eficiência no combate a doenças.
Desde a safra 2016/17, o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) vem sendo aplicado, com monitoramento constante e uso otimizado de fungicidas. Segundo Luiz Carlos Bergamaschi, vice-presidente da Aiba, não há registros de doenças nas lavouras até o momento, resultado de um trabalho conjunto eficaz.
O secretário de Agricultura da Bahia, Walisson Tum, reforça a importância da parceria entre o setor produtivo e o governo:
“A Bahia se destaca pela sanidade e inovação no cultivo da soja. O trabalho conjunto entre o Governo do Estado, Adab, Seagri e os produtores garante que nossa soja atenda aos padrões exigidos pelo mercado global”,
afirmou.
Para Cláudia Godoy, pesquisadora da Embrapa Soja, o monitoramento e o manejo integrado de pragas na Bahia são referência nacional. “Os produtores baianos se organizam bem e adotam rapidamente novas tecnologias, garantindo um controle fitossanitário eficaz”, destacou.
Apesar dos desafios climáticos, como El Niño e La Niña, a Bahia mantém altos índices de produtividade e qualidade. O controle sanitário rigoroso e a inovação no manejo consolidam o estado como referência na produção de soja no Brasil.
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