Deitada sobre uma maca, uma mãe acompanha o velório da filha Isabela Santos de Almeida, morta aos 14 anos em um grave acidente na noite de domingo (7) na Bahia. A tragédia na BR-324, envolvendo um ônibus e uma caminhão, deixou 24 mortos, entre Gavião e Nova Fátima.
Inicialmente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que 25 pessoas morreram no acidente. Porém, depois a PRF e o Instituto Médico Legal (IML) confirmaram 24 mortes. Dos mortos, três estavam no caminhão e o restante no ônibus.
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Flávia Carneiro, de 34 anos, uma das sete sobreviventes do acidente, estava com a cabeça enfaixada no velório na manhã desta terça-feira (9), no bar da mãe de Flávia Carneiro e avó de Isabela, Maria Eunice Gonzaga, em Jacobina. A dona do estabelecimento também morreu após a batida.
“Antes de eu conseguir sair do ônibus, comecei a chamar por eles todos, para ver se alguém me escutava e eu tentava ajudar, mas não escutei ninguém. Chamei por todos”, contou Flávia Carneiro ao g1.
Flávia Carneiro estava na viagem com:
- a filha Isabela Santos de Almeida, de 14 anos;
- a mãe, Maria Eunice Gonzaga
- o namorado, Gleidson Santana de Andrade,
- o marido da mãe dela, Paulo Jesus Araújo,
- a prima Ana Clara Santos Silva, de 16 anos. (sobrevivente)
Acidente
O acidente entre o ônibus com turistas de Jacobina, retornava de Guarajuba, no litoral da região Metropolitana de Salvador, quando bateu de frente com um caminhão, por volta das 23h30 do domingo (7)
A maioria das vítimas, da cidade Jacobina, havia viajado na noite de sábado (6) e voltavam para casa na noite de domingo. Outras três pessoas que estavam no caminhão, também morreram. Os três ocupantes viajavam para Feira de Santana, com uma carga de manga.
A tragédia comoveu a cidade. A prefeitura decretou luto oficial de três dias e parte do comércio da cidade manteve-se fechado durante a segunda-feira (8).