A Tarde | Salvador – Bahia
A “Operação Dublê”, deflagrada nesta quarta-feira, 7, em Salvador e na cidade de São Paulo cumpriu um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de buscas e apreensões. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a operação apurou “fortes indícios” da existência de associação criminosa especializada na prática de furtos, roubos e clonagem de veículos.
Ainda conforme o MP-BA, o líder dessa quadrilha mantinha relação próxima e duradoura com uma delegada de polícia. As investigações demonstraram que a delegada se utilizava das prerrogativas inerentes ao cargo e da influência que gozava na Polícia Civil para garantir a impunidade do grupo criminoso e facilitar a execução e proveito dos crimes.
De acordo com a apuração, ela chegou a forjar documentos e a introduzir uma pessoa ligada à quadrilha no ambiente da Polícia, acompanhando-a, como policial fosse, portando armas e auxiliando-a nas ações de favorecimento ao grupo criminoso.
Com base nas provas apresentadas, foram deferidos pela 1ªVara Especializada em Crimes Contra a Administração Pública da comarca de Salvador/BA o pedido de prisão preventiva do apontado chefe da súcia, os pedidos de buscas e apreensões em endereços residenciais e outras propriedades dos investigados.
Também foi deferido o afastamento cautelar do exercício das funções públicas da delegada de polícia, pelo período de um ano, cumulado com proibição de acesso às dependências e aos sistemas da Polícia Civil, comunicação com outros agentes de segurança e utilização dos serviços da Secretaria de Segurança Pública.
Participaram da operação o MP-BA, por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (GEOSP), Polícia Rodoviária Federal e a Corregedoria-Geral da Polícia Civil.