O deputado federal Maurício Marcon, do Podemos do Rio Grande do Sul, classificou a Bahia como um Haiti, fazendo comparação pejorativa entre o estado brasileiro ao país da América Central, como sendo locais “sujos e pichados”.
Ele tentou comprovar sua fala a partir de testemunhos de outros políticos e de uma viagem que fez para a Bahia.
‘A gente teve lá na Bahia, é um Haiti assim, não tem explicação. É uma pobreza, é tudo pichado, é sujo. E é uma área turística. A gente fica imaginando onde não é”,
disse Marcon
As declarações do bolsonarista, foi dada durante uma “live” realizada em seu perfil no Facebook, no último domingo (5). Em outro trecho, o deputado disse que no Sul e Sudeste, os políticos são mais cobrados, ao contrário da região Nordeste do país.
“O público do Sul e Sudeste cobra demais […] Mas no Nordeste isso não existe, até por causa da pobreza. Eu já conheci um parlamentar que me confessou que pagou para levar eleitor para votar. É um mundo tão diferente, que a gente que mora no Sul, Sudeste e Centro-Oeste tem dificuldade de entender o que acontece no Norte e Nordeste”, afirma.
Após a publicação do vídeo, o deputado recebeu críticas na publicação. No Twitter, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa rebateu as declarações.
Caro Deputado Marcon: instrua-se, eduque-se, retenha essa baba ofídico-peçonhenta que emana da tua boca, seiva da violência que grassa em nosso país. Conheça direito a Bahia, o seu peso histórico, a sua estupenda arte, as suas magníficas igrejas, ie, a sua gigantesca e decisiva https://t.co/dLTTKXLHyl
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) February 8, 2023
Quem é Marcon
O político do Podemos tem 36 anos e foi eleito como deputado federal no Rio Grande do Sul com 140.631 votos. Ele também é apoiador do ex-presidente Bolsonaro, empresário, formado em Economia pela UCS e foi vereador.
Foi o mais votado para a Câmara de Vereadores de Caxias na eleição de 2020 ao conquistar a preferência de 5.618 eleitores. Em 2018, concorreu a deputado federal pela primeira vez, fazendo 11.003 votos, ficando como primeiro suplente.
Logo no início do mandato, propôs a criação de uma frente anti-PT. A aversão ao Partido dos Trabalhadores começou, segundo ele, quando era criança, durante a eleição municipal de 1996, disputada no segundo turno por Pepe Vargas (PT) e Germano Rigotto (MDB), que teve o petista eleito.
Com o Correio e o G1.